Arroba aponta recuo mais consistente em praças pecuárias

Porém, o movimento de queda ainda é fraco, nada parecido com a forte onda de valorizações nas cotações do boi gordo registradas nos últimos tempos

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Finalmente, a pressão imposta pelos frigoríficos brasileiros surtiu o efeito desejado e os preços do boi gordo e da vaca gorda recuaram nesta terça-feira, 20 de abril.

Pelos dados apurados pela IHS Markit, entre as principais praças pecuárias do Brasil, houve recuos no preço da arroba bovina em SP, GO, TO e RO, influenciados pela maior oferta de animais terminados e melhoria nas escalas de abate (confira abaixo os preços atualizados de machos e fêmeas terminados nas principais regiões de pecuária do País).


No PA, há relatos de problemas logísticos relacionados ao volume de chuva, situação que prejudica estradas e impede o transporte de animais no prazo necessário para composição de escalas de abate, informa a IHS.

Porém, o movimento de queda ainda é fraco, nada parecido com a forte onda de valorizações da arroba registrada nos últimos tempos, o que significa dizer que os valores dos animais terminados continuam em patamares bastante elevados para este período inicial de entressafra de boiadas alimentadas a pasto.

Segundo analistas, muitas indústrias frigoríficas se sentiram um pouco mais aliviadas com a queda generalizada dos preços – reflexo da maior oferta de gado gordo. Em São Paulo, não houve grandes negócios nesta terça-feira, 20 de abril, véspera de feriado nacional.

“A melhora sutil nas ofertas de boiadas nos últimos dias e escalas relativamente alongadas (de cinco a seis dias) permitiram que muitos frigoríficos ficassem fora das negociações”, observa a Scot Consultoria.

Com isso, na avaliação da Scot, os preços da arroba permanecem estáveis nas praças paulistas, na comparação diária. O boi, vaca e novilha gordos são negociados atualmente em R$ 316/@, R$ 291/@ e R$ 306/@ (preços brutos e a prazo), respectivamente.

Segundo a IHS Markit, os impactos do período de seca já são sentidos na maioria das regiões pecuárias do País.

“Conforme as condições de pasto se deterioram, os lotes de animais terminados apareceram em maior volume, favorecendo a pequena quantidade de plantas frigoríficas que hoje atuam no mercado”, relata a consultoria.

No entanto, apesar do crescimento atual da oferta de boiadas, as indústrias ainda continuam com pouca utilização da capacidade instalada de abate. Essa melhora virtual de disponibilidade de gado fica bastante evidente nas escalas de abate das plantas ativas no Brasil, que giram entre 7 e 10 dias úteis, segundo informações apuradas pela IHS Markit.

Efeitos da seca – Os pecuaristas enfrentam condições climáticas adversas, proveniente do período de seca sazonal.

“Os efeitos são sentidos majoritariamente nas regiões Sul, Sudeste e partes do Centro-Oeste, enquanto o Norte e Nordeste ainda apresentam boas quantidades de chuvas”, relata a IHS.

Este cenário cria preocupação no mercado com relação ao segundo semestre do ano, período que já apresenta expectativa de quebra da safrinha de milho, continua a consultoria.

“Os custos atuais e as perspectivas futuras inviabilizam o confinamento de animais para muitos produtores de pequeno e médio porte”, ressalta a IHS.

Embarques continuam em alta – O mercado externo segue como o principal foco, trazendo certo alívio nas margens operacionais das indústrias que atuam nesse setor.

Até a terceira semana de abril, segundo dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques de carne bovina in natura alcançaram 74,49 mil toneladas, com uma média de 6,77 mil ton./dia exportadas, aumento de 16,5% sobre o resultado de abril de 2020.

Caso o ritmo de exportações continue neste nível ao longo deste mês, o País registrará o melhor abril da série histórica, de acordo com previsão de analistas.

Estabilidade no valor interno da carne – No mercado atacadista, os preços dos principais cortes mantiveram-se estáveis. Porém, novamente foi observado repasse de preços no valor do couro bovino.

O feriado desta quarta-feira, 21 de abril, e a maior flexibilização das medidas restritivas geram expectativa para procura maior por reposição de estoques de carne bovina entre atacado e varejo, observa a IHS Markit.

Porém, no momento, os consumidores demonstram preferência por cortes dianteiros (mais baratos) e outras proteínas, como as carnes de frango e suínos.

Cotações desta terça-feira (20/4), segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 319/@ (prazo)
vaca a R$ 301/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 306/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 306/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 306/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 306/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 306/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 309/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 303/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca R$ 291/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 302/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 293@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 293/@ (à vista)
vaca a R$ 281/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

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