Conteúdo: 16/07/2020

Monitorando o gado em home office

Pesquisador da Embrapa conduz experimento sobre efeito do sombreamento em bovinos à distância, usando rede mesh, colares eletrônicos e inteligência artificial

Por Ariosto Mesquita

Em isolamento social desde a primeira quinzena de março, como medida preventiva contra a covid-19, o pesquisador Alexandre Rosseto vem acompanhando, de casa, o comportamento a campo de 80 bovinos empregados em um de seus experimentos, na Fazenda Canchim, sede da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, SP. Neste monitoramento, usa tecnologia já disponível para emprego em escala comercial. Tempos de pandemia sugerem mudanças de processos e o pesquisador comprova, em seu dia-a-dia profissional, que os pecuaristas, gestores e gerentes de propriedades podem monitorar parte ou a totalidade dos rebanhos à distância, em “home office”, seja na sede de outra fazenda, seja em residências urbanas ou durante viagens.

Isso é possível, segundo Rosseto, graças aos princípios da internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) que prevê a conexão entre diferentes objetos e a operação remota a partir de dispositivo conectado à rede mundial de computadores. No seu caso, Rosseto ainda não conta com elementos que lhe permitam intervir digitalmente no que ocorre nos pastos da fazenda, mas ele consegue identificar eventuais irregularidades no comportamento individual de qualquer animal e acionar a equipe de plantão da Embrapa para checar eventuais problemas in loco.

O pesquisador explica que seu trabalho consiste no uso de ferramentas de pecuária de precisão (pp), que ele conceitua como “gestão da produção animal baseada no uso dos fundamentos e de tecnologias de engenharia de processos”. Rosseto considera um erro relacionar a pecuária de precisão apenas com o uso de sensores: “Além dos dispositivos físicos, temos modelos matemáticos preditivos, sem contar os softwares que são desenvolvidos para trabalhar de forma associada à inteligência artificial”.

Graças a essa engrenagem, ele consegue dar andamento, de casa, a um projeto de monitoramento de gado de corte na Fazenda Canchim. Em seu celular ou no computador, ele tem acesso a informações detalhadas sobre o desempenho dos animais a campo.

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Boi não deve ser planilha de Excel ambulante

Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (ETCO) lança campanha nacional para reduzir uso de marca a fogo nas fazendas

Marcação a fogo é prática milenar, mas precisa ser gradativamente abandonada para garantir o bem-estar animal.

Por Denis Cardoso

Substitua o arcaico ferrete em brasa por brincos, bottons, colares e tatuagens. Essa é a proposta de uma campanha de conscientização lançada, no Brasil, por entidades ligadas ao bem-estar animal. Seu objetivo é reduzir ao máximo o uso da marcação a fogo em bovinos, uma prática ainda bastante comum nas fazendas brasileiras, apesar das fortes evidências científicas de que esse manejo causa muita dor, medo e angústia aos animais.

Batizada de “Por uma nova marca para a pecuária brasileira”, a campanha é liderada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (ETCO), da Unesp-Jaboticabal (SP), em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a empresa BE.Animal e a Agropecuária Orvalho das Flores, de Araguaiana, MT, uma fazenda-modelo em boas práticas de manejo.

“O contato entre o homem e os bovinos é milenar, mas os nossos manejos não precisam ser”, sentencia a zootecnista Fernanda Macitelli, professora da UFMT/Campus de Sinop e também integrante do Grupo ETCO. Há evidências de que o ferrete em brasa já era usado na marcação de bovinos desde o Egito Antigo e, no Brasil – assim como em outras partes do mundo –, também como instrumento para marcar escravos. Dos primórdios da pecuária brasileira para cá, a atividade evoluiu consideravelmente, impulsionada por novos conhecimentos e técnicas, como currais antiestresse, cercas minuciosamente planejadas, troncos individuais de contenção, balanças eletrônicas, novos medicamentos e dispositivos eletrônicos.

“Não podemos aceitar mais o uso desenfreado de uma prática obsoleta, capaz de fazer o animal sofrer dor por até oito semanas, decorrente da queimadura e do processo inflamatório da pele”, diz o zootecnista Mateus Paranhos, professor da Unesp e coordenador do Grupo ETCO.

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