Conteúdo: 7/05/2021

Gramíneas nativas do Pantanal têm valor

Embrapa lança guia com informações ricas sobre os capins que sustentam a pecuária da região, indicando as espécies mais vantajosas e dicas de manejo

Teores nutricionais dos capins têm como referência as exigências das vacas de cria. (Fotos: Arquivo Embrapa Pantanal)

Por Moacir José

É mais vantajoso manejar adequadamente forrageiras nativas do Pantanal do que introduzir, neste bioma, variedades exóticas consideradas mais produtivas, porém pouco adaptadas às condições climáticas locais. Essa é a visão do grupo de pesquisadores da Embrapa Pantanal que elaborou o “Guia para identificação das pastagens nativas do Pantanal”.

Lançado no fim do ano passado, esse guia tem por objetivo facilitar a escolha de gramíneas com maior potencial produtivo para a alimentação do gado na região. Liderado pela zootecnista Sandra Aparecida Santos, doutora em produção animal, o levantamento contou com a participação dos também pesquisadores Arnildo Pott (entrevistado pelo repórter Ariosto Mesquita, na edição de outubro de 2020, sobre as queimadas no Pantanal), Evaldo Luís Cardoso, Suzana Maria Salis, José Francisco Montenegro Valls e João Batista Garcia.

SAIBA MAIS:
+Quanto vale um pasto nativo no Pantanal?

Guia apresenta informações de 103 espécies e visa ajudar o produtor na conservação e manejo das gramíneas nativas.

Segundo Sandra, o ecossistema pantaneiro é muito complexo. Em função da ocorrência de cheias durante o período das águas, nem todas as gramíneas da região (mais de 200) produzem quantidade satisfatória de forragem anualmente. Esse regime de cheias também dificulta a introdução de gramíneas cultivadas ou exóticas.

“A variação do nível das águas é muito grande. Por isso, queremos desenvolver uma dinâmica holística e adaptativa das forrageiras nativas, de forma que a produção pecuária possa ser sustentável, em todos os seus aspectos”, resume Sandra.

A publicação do guia ‒ que apresenta informações de 103 espécies ‒ visa facilitar a identificação dessas gramíneas, muitas delas bastante parecidas, distinguíveis apenas por sua inflorescência. “A procura por informações sobre essas plantas é crescente”, justifica o chefe-geral da Embrapa Pantanal, Jorge Antônio Ferreira de Lara, na apresentação do trabalho. Por isso, o passo seguinte será o desenvolvimento de um aplicativo em celular que, além da imagem, trará informações que permitam ao pecuarista tomar a decisão mais adequada ao seu sistema de produção.

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Controle de plantas infestantes de pastagens – Parte 2

Confira as dicas do zootecnista e consultor Adilson de Paula Almeida Aguiar, professor em cursos de pós-graduação da Rehagro e das Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu)

Roçada manual é indicado apenas para pequenas áreas.

Por Adilson de Paula Almeida Aguiar – Zootecnista, professor em cursos de pós-graduação da Rehagro e das Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu); consultor associado da Consupec (Consultoria e Planejamento Pecuário), de MG, e investidor nas atividades de pecuária de corte e leite.

No primeiro artigo desta série, publicado na edição de março de 2021, descrevi as definições de plantas indesejáveis, suas denominações técnicas e populares, as classes das famílias onde são encontradas, as causas de seu aparecimento e as consequências de sua presença nas pastagens.

O manejo de plantas infestantes é a combinação racional de medidas preventivas e culturais, enquanto o controle é a combinação de métodos combativos, para se erradicar as plantas indesejáveis já presentes na pastagem. Manejo e controle de plantas infestantes têm sido investigados pela pesquisa e validados em fazendas comerciais por quase cinco décadas.

As medidas preventivas consistem na adoção de procedimentos que previnam a introdução de plantas infestantes em um continente, um país, uma região dentro do país, um estado em determinada região, uma fazenda ou retiros da fazenda. Já as medidas culturais consistem em manejar corretamente a pastagem para que o pasto consiga dominar o terreno e competir com as plantas infestantes pelos fatores de crescimento. O manejo e controle dessas espécies invasoras deve ser executado de forma integrada, usando técnicas já validadas pela pesquisa e no campo, em fazendas comerciais.

Dentre as medidas preventivas, posso citar a compra de sementes com alta porcentagem de pureza; o jejum em animais recém-introduzidos na propriedade; a lavagem de implementos, de máquinas e veículos após cada operação em uma área infestada por plantas indesejáveis e a lavagem de calçados e roupas de trabalhadores que executam serviços em áreas infestadas.

O manejo cultural também faz parte das ações preventivas. Ele consiste em adotar certas práticas agronômicas e de pastoreio que ajudam a reduzir a proliferação das invasoras, desde antes da formação da pastagem e durante sua condução, de forma a dar condições para que a planta forrageira tenha rebrotas mais vigorosas, perfilhe mais, acumule mais massa de forragem, alcance maiores alturas e, assim, domine os espaços, competindo com as plantas infestantes. Basta observar as causas do aparecimento de plantas invasoras nas pastagens (ler artigo na edição de março de 2021) e combater essas causas para se adotar, na íntegra, o método de controle cultural.

Controle mecânico e biológico

Como medidas de controle, temos os métodos mecânico, biológico, químico e o fogo. O controle mecânico é realizado com ajuda dos seguintes equipamentos: enxada, enxadão, foice, roçadeira, correntão, triângulo, rolo-faca, mata-broto, aração e gradagem.

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