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Fazenda Água Azul, em Tocantins, leva para abate todas as novilhas de 12 a 15 meses que não emprenham no primeiro desafio reprodutivo
Por Denis Cardoso
Com pequenas propriedades de leite e de corte em Goiás, o pecuarista Marco Aurélio Teixeira Sampaio deixou o Estado em 2013 para recomeçar do zero em Tocantins, onde passou a investir pesado na atividade de ciclo completo, comprando, no período de um ano, 2.200 fêmeas – todas alojadas na Fazenda Água Azul (hoje com 2.100 hectares de área de pastagem), situada no município de Pium, região oeste do Estado e distante 124 km de Palmas, a capital.
Tal transformação poderia até passar despercebida se não fosse a peculiaridade do novo projeto: acelerar fortemente a pressão de seleção para precocidade sexual de fêmeas Nelore, descartando desse segmento, a cada estação de monta, qualquer novilha que não cumprir com o primeiro desafio de emprenhar aos 12 a 15 meses de idade – o mesmo critério é aplicado em caso de perdas gestacionais (aborto, bezerro natimorto etc..) ou qualquer complicação ocorrida com essas mães na fase de criação de seus bezerros.
Todos animais da fazenda – inclusive as fêmeas descartadas, que têm uma segunda chance, antes de seguirem para o gancho – são submetidos a protocolos de até três Inseminações Artificiais em Tempo Fixo (IATF), sem que haja repasse com touros.
Logo no primeiro ano de desafio das novilhas de 14 meses (nascidas em 2016, desmamadas em maio de 2017 e inseminadas em dezembro do mesmo ano), a taxa final de prenhez ficou em 75%. Na última estação de monta (2020-21), o resultado médio de fertilidade dessa categoria evoluiu para 82%, o que comprova a consolidação deste ousado projeto.
Referência na região
O plano inicial não só deu certo como a Água Azul virou rapidamente referência em eficiência reprodutiva e produtiva do rebanho na região. Segundo o veterinário Ricardo César Passos, sócio-proprietário da Cria Fértil, de Goiânia, GO, consultoria responsável pelo projeto reprodutivo na Água Azul, na maior parte das fazendas do Estado conseguir 50% de prenhez para essa categoria já é considerado de bom tamanho. “Existem propriedades com 40 anos de seleção de Nelore que ainda não conseguiram alcançar esses índices”, garante ele.
O sucesso alcançado na propriedade de Marco Aurélio Sampaio é resultado de um conjunto de ações, a começar pelo trabalho de pré-seleção dos lotes de fêmeas que compuseram a primeira geração do rebanho de cria da fazenda. As 2.200 fêmeas da Água Azul foram pinçadas, no período de janeiro de 2014 a março de 2015, de um universo de 8.000 animais avaliados.
Além de caraterísticas físicas desejadas, o temperamento foi fundamental para o alcance da almejada precocidade sexual. “Animais estressados tendem a perder peso ao longo da estação de monta e, se mal manejados durante a inseminação, vão ter menor taxa de prenhez”, justifica Passos. A técnica utilizada foi a classificação de escores de velocidade de saída do tronco de contenção.
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Em artigo publicado na Revista DBO, o zootecnista Adilson Aguiar fala dos principais inimigos das pastagens e o tamanho dos danos que podem causar
Por Adilson de Paula Almeida Aguiar – Zootecnista, professor em cursos de pós-graduação do Rehagro e das Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu); consultor associado da Consupec (Consultoria e Planejamento Pecuário), de MG, e investidor nas atividades de pecuária de corte e leite.
Desde a edição de junho de 2019, eu venho escrevendo com ênfase na necessidade de os pecuaristas brasileiros “fazerem o básico bem-feito” para alcançar seus objetivos e tornar sua atividade mais competitiva, do ponto de vista técnico e econômico. Infelizmente, a maioria não faz esse básico bem-feito e uma das consequências é ter pastagens atacadas por pragas.
Desde o início da revolução agrícola, 10.000 a 12.000 anos atrás, tem-se indícios e (após o surgimento da escrita, registros) de problemas causados por pragas em plantações. Existem inúmeros relatos desse tipo nas civilizações antigas, sendo o mais clássico o das pragas do Egito, descrito no livro Gênesis, da Bíblia.
As pastagens, como qualquer outra cultura cultivada pelo ser humano, também têm seus “inimigos”, que podem ser classificados como ocasionais, gerais e específicos. Os ocasionais são a cochonilha-da-pastagem, a lagarta-dos-capinzais e o percevejo-das-gramíneas; as gerais são os cupins, as formigas, os gafanhotos, o percevejo-castanho-das-raízes e a larva de besouro escarabeídeo ou larva coró; as específicas são as cigarrinhas.
As pragas ocasionais são típicas da cultura em questão; neste caso, das pastagens, mas atacam ocasionalmente, localmente, uma espécie forrageira específica. Já as pragas gerais atacam uma quantidade muito grande de gêneros, espécies e variedades de vegetais. São polífagas, ou seja, se alimentam de vários tipos de plantas. Por fim, uma praga específica é aquela que tem um histórico de coevolução com determinada espécie vegetal, ou seja, elas evoluíram juntas ao longo do tempo.
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