Conteúdo: 22/09/2021

Água para os bezerros não berrarem

Com acesso a bebedouros no curral, animais ficam mais calmos e mães menos agitadas durante o manejo de Inseminação Artificial em Tempo Fixo

O bebedouro para bezerros no curral pode ser provisório (feito de bombona) ou definitivo, de alvenaria.

Por Renato Villela

Durante o manejo da IATF (Inseminação Artificial em Tempo Fixo), todas as atenções – e cuidados – estão voltados para as matrizes. Entre a colocação do implante para sincronização do estro e a inseminação propriamente dita, as fêmeas chegam a passar até quatro vezes pelo curral. Nesse vai e vem, os bezerros, meros coadjuvantes do processo, são deixados de lado enquanto esperam suas mães passarem pelo manejo reprodutivo.

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O veterinário Ricardo Passos, sócio-proprietário da Cria Fértil, de Goiânia (GO), percebeu, contudo, que essa longa espera pode ser deveras estressante para a cria. Enquanto acompanhava a IATF em uma fazenda do interior do Tocantins, sob sol escaldante, observou que, no momento em que as vacas passavam pelo tronco de contenção para ser inseminadas, suas crias, do lado de fora, protestavam aos berros (literalmente), deixando suas mães inquietas. “Pensei: esses bezerros devem estar com uma sede danada”, relata o veterinário.

De bate e pronto, quase que instintivamente, ele pegou uma banda de tambor de plástico que descansava nas redondezas, colocou no piquete dos bezerros, conectou uma mangueira à torneira do curral e encheu o bebedouro improvisado de água. “Os bezerros se aproximaram e começaram a beber. Em pouco tempo, pararam de berrar”.

A experiência mostrou a Passos a necessidade de se cuidar do bem-estar das crias durante o manejo reprodutivo. Embora não haja pesquisas comprobatórias, ele acredita que essa medida influi indiretamente na melhoria dos índices reprodutivos. “Se os bezerros estão calmos, as mães também ficam mais tranquilas, com mais chances de emprenhar”, diz.

A zootecnista Fernanda Macitelli, professora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), concorda. “Vacas e bezerros constroem um vínculo materno-filial muito forte e usam diferentes meios de comunicação para mantê-lo”, diz.

Especialista em bem-estar animal, Fernanda explica que, quando os bezerros estão mais calmos, vocalizam menos (comunicação auditiva), se locomovem menos (comunicação visual) e liberam menos substâncias químicas relacionadas ao estresse (comunicação química). “Com isso, a mãe percebe que seu filhote não está em perigo e se estressa menos também”, diz.

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Controlando pragas que atacam pastagem – parte 2

No segundo artigo sobre os principais inimigos das pastagens, o zootecnista Adilson Aguiar aborda técnicas de manejo e controles gerais dessas pragas

A lagarta das pastagens é uma das pragas que exige métodos integrados de controle.

Por Adilson de Paula Almeida Aguiar –  Zootecnista, professor em cursos de pós-graduação do Rehagro e das Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu); consultor associado da Consupec (Consultoria e Planejamento Pecuário), de MG, e investidor nas atividades de pecuária de corte e leite.

O objetivo da primeira parte desta série de artigos sobre o tema “manejando e controlando pragas que atacam pastagem”, publicado em agosto de 2021, foi abordar o histórico do ataque de insetos, fungos e outros patógenos às culturas desde o início da revolução agrícola até os dias atuais, citar as pragas que atacam especificamente gramíneas forrageiras e classificá-las, descrever as causas do seu aparecimento, as formas como atuam, as partes das plantas mais atacadas e as consequências dos danos causados por elas, com prejuízos para a produção de forragem e, consequentemente, para a capacidade de suporte da pastagem, que também sofre perda de qualidade nutricional.

LEIA TAMBÉM | Controlando pragas que atacam pastagem – parte 1

Neste segundo artigo, abordarei técnicas de manejo e controles gerais dessas pragas. Tais controles compreendem desde regulamentos (dispositivos legais) que estão fora do alcance do pecuarista, até métodos que podem ser e são adotados nas fazendas. Os dispositivos legais podem ter desde abrangência continental até municipal, com a finalidade de prevenir a introdução de pragas que ainda não existem localmente ou foram identificadas recentemente.

Esses regulamentos podem ser editados na forma de leis, decretos e portarias federais ou estaduais, podendo assumir modalidades diversas, tais como normas de serviço quarentenário e medidas obrigatórias de controle. Um exemplo são os chamados vazios sanitários. O mais conhecido no País é o da soja, estabelecido como medida sanitária para barrar pragas, em função da forte expansão dessa cultura e sua importância econômica.

Já nas fazendas comerciais, pode-se empregar uma série de estratégias para barrar o avanço de inimigos das pastagens. Dentre as mais adotadas, estão os métodos de manejo (que compreendem técnicas preventivas, culturais, uso de cultivares resistentes) e os métodos de controle (mecânico, biológico, fisiológico e químico).

A técnica de manejo por meio de resistência de plantas tem por base o histórico de coevolução das forrageiras, que, ao conviverem com certas pragas, desenvolveram, por meio da seleção natural, mecanismos de defesa, tornando-se resistentes, moderadamente resistentes, moderadamente susceptíveis e susceptíveis.

O que o ser humano faz, principalmente os entomologistas e os geneticistas, é observar a natureza, coletar materiais, levá-los para centros de pesquisas, avaliarem seus comportamentos e, por meio de melhoramento genético, selecionar ou cruzar variedades resistentes que são lançadas como cultivares comerciais.

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