Conteúdo: 24/09/2021

Desequilíbrio entre cortes continua: o que fazer?

A picanha, o bife ancho e o bife de chorizo respondem por cerca de 50% das vendas nas boutiques de carnes especiais; é preciso ensinar o consumidor a apreciar uma diferenciação maior de cortes

Boeuf bourguignon (tradicional cozido francês) feito com coxão duro de animal commodity. Ao lado, o mesmo corte de um novilho cruzado, que pode ser feito na grelha.

Por Marcelo Whately – Zootecnista e proprietário da casa de carnes especiais Vila Beef, de Ribierão Preto, SP.

“O consumidor de carne premium precisa aprender a consumir diferentes cortes bovinos. Ele só compra picanha, bife ancho e chorizo! Se continuar assim, o preço desses cortes ficará inviável. O varejo precisa ensinar o consumidor a apreciar uma diferenciação maior de cortes”.

Essas frases são ouvidas, com frequência, no mercado de carnes especiais – também conhecido como carnes gourmet ‒ e expõem o desequilíbrio existente na demanda pelos diferentes cortes bovinos, com franca predominância dos considerados “nobres”, que representam menos de um quarto da carcaça bovina.

A questão é: o que fazer para aumentar a demanda pelos 75% restantes e remunerar melhor os animais de qualidade? Do lado do consumidor, infelizmente, não há um reconhecimento do valor agregado da carne premium nos cortes “menos nobres”, o que contribui para esse desequilíbrio. Entende-se como mercado premium os projetos de carnes especiais onde se aplica a máxima: “Se o boi é de primeira, não há carne de segunda”.

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Pessoa jurídica e crimes ambientais

Paulo Murilo Galvão, professor de Direito Penal e pós-graduado em Direito Ambiental, fala sobre o risco de dupla responsabilização em crimes ambientais para quem transforma a propriedade em pessoa jurídica

Por Paulo Murilo Galvão – Advogado, escritor, professor de Direito Penal e pós-graduado em Direito Ambiental. É, também, pecuarista em Goiás. E-mail: pmgg@terra.com.br

Venho assistindo um grande número de produtores rurais transformando suas propriedades em pessoas jurídicas (PJ), mas é preciso estar atento às implicações dessa mudança, como a possibilidade de dupla responsabilização em caso de crimes ambientais, sem falar na responsabilização civil e administrativa.

Porém, antes de avançarmos, um questionamento, caro leitor: você já viu alguma pessoa jurídica praticando crime de incêndio, desmatando florestas, poluindo rios, cortando árvores ou mesmo caçando? Sinceramente, eu nunca vi e você também não, porque quem pratica esses crimes são pessoas físicas, que podem ser representantes de pessoa jurídica.

O Direito Penal sempre foi estruturado, pensado, idealizado com base no sujeito ativo ser humano e não em pessoas jurídicas, que são entes irreais, fictícios, meras abstrações, portanto, desprovidas de consciência e vontade, fator este essencial para realização do fato típico (crime). Por que, então, criminalizar a pessoa jurídica? O constituinte assim o quis.

Num único dispositivo (art. 225, § 3º), sem medir as consequências de seus atos, mandou todas as teorias do Direito Penal às favas. Possivelmente deve ter pensado: o Direito Penal que se reinvente por meio de muita engenhosidade e contorcionismo jurídico para superar o insuperável, vencer o invencível, tudo pelo voraz fetichismo de dizer que a Pessoa Jurídica pode também cometer crimes ambientais. E que ninguém ouse discordar disso.

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Nelore selecionado a quatro mãos

Irmãos Márcio e Kito de Rezende Andrade tornaram-se referência na seleção da raça em região com um dos maiores rebanhos de corte do Brasil

Márcio, fundador do Nelore MRA, e Marcos de Rezende Andrade,do Nelore Kito: mesmas convicções e “olho” treinado para a seleção.

Por Larissa Vieira

Foi no cerrado do Mato Grosso do Sul, mais exatamente no município de Caarapó, que nasceu um dos grandes raçadores da história do Nelore: Bitelo da SS. Era o ano de 1995 e o bezerro logo chamou a atenção do criador Márcio de Rezende Andrade, fundador do criatório Nelore MRA. O olho treinado do selecionador foi certeiro. Bitelo, filho do famoso touro Ludy de Garça na vaca Tarefa da SS, sagrou-se campeão nas pistas de julgamento e no mercado de genética, sendo um dos touros mais usados no rebanho nacional.

“Até hoje, ele está entre os maiores recordistas do ranking da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil). Ganhou nove vezes o título de Melhor Reprodutor do ranking. Bitelo é crioulo do Nelore MRA e bisneto de uma fêmea Nelore Kito, ou seja, foi feito a partir da genética selecionada pela família”, lembra Andrade.

Essa é uma história de seleção que Márcio, de 81 anos, vem construindo a quatro mãos. Ao longo dos últimos 50 anos, trabalhou, e ainda trabalha, em conjunto com o irmão Marcos de Rezende Andrade (o Kito), de 76 anos. Apesar de serem dois criatórios independentes, localizados em Terenos (MS) – o Nelore MRA (Fazenda Paraíso) e o Nelore Kito (Fazenda Santa Helena) –, dividem o mesmo escritório, as mesmas convicções em relação aos rumos de seleção da raça e aos negócios. Compartilham as experiências na seleção de Nelore tomando um tereré para refrescar do calor mato-grossense.

Agora, contam com mais braços para essa tarefa: o administrador de empresas e advogado Ricardo (filho de Kito), o agrônomo Caio e o zootecnista José Márcio Resende Andrade (netos de Márcio).

“Meu bisavô Alceu Vilela de Andrade foi quem começou a atuar na pecuária de corte. Ele teve fazendas em Minas Gerais, São Paulo e depois mudou-se para o Mato Grosso do Sul, onde trabalhava com cria, recria e engorda. Como na década de 1970 havia dificuldade de encontrar touros para usar na vacada comercial, meu avô Márcio e meu tio Kito decidiram produzir seus próprios reprodutores. O negócio foi crescendo e eles optaram por aumentar o rebanho puro, passando a vender touros”, explica o neto José Márcio de Andrade Resende, quarta geração dos Rezende Andrade.

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