Conteúdo: 14/10/2021

Novidades no self service

Pode-se fazer “sequestro” de animais jovens nesse sistema de autoconsumo em silos de superfície; basta aumentar o número de fios eletrificados

Para animais de recria, o ideal é trabalhar com silos de 1,2 m de altura e quatro ou cinco fios eletrificados.

Por Moacir José

Após quatro anos de experiência com o sistema self service (autoconsumo) em silos de superfície usando fios eletrificados, André Melo, titular da consultoria Mercado do Agronegócio (Ribeirão Preto, SP) decidiu aprimorar a técnica, que foi apresentada na DBO, em outubro de 2018. A principal mudança foi aumentar o número de fios de dois para quatro/cinco quando se trabalha com gado de recria.

“Quanto mais jovens os animais, mais fios são necessários. Como eles nunca tiveram contato com a fita elétrica, acabam atropelando tudo”, explica André Melo, deixando subentendido que esse “atropelo” resulta em desperdício de alimento e retrabalho para o ajuste da cerca.

O manejo do sistema não muda. De manhã, a cerca é posicionada na parte de baixo do silo para que o lote coma a porção superior do painel, mantendo-se o primeiro fio a 10 cm da barbela dos animais, para que eles não tomem choque. Às 12 ou 13 h, a cerca é transferida para cima, possibilitando o consumo da parte inferior do painel, com o último fio posicionado a 60 cm do solo.

Os silos devem ter altura máxima de 1,2 m (lotes de recria) a 1,5 m (gado mais erado). A distância entre a cerca eletrificada e o painel permite regular o consumo. O consultor usa 30 cm quando quer que os animais comam mais e 50 cm, quando busca menor ingestão.

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O maior número de fios permitiu ao consultor trabalhar com lotes de recria em sistema de “sequestro”, por exemplo, que reúne cerca de 200 garrotes ou novilhas no self service, ante 100 animais dos grupos de vacas ou bois. Melo ressalva que os animais mais jovens não podem ser colocados no sistema de autoconsumo todos de uma vez.

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Lote de “sequestro” na Fazenda Nossa Senhora Aparecida: consumo limitado a 1,8%-2,2% do peso vivo.

Por Moacir José

Até o ano de 2018, o pecuarista José Carlos Berlato sofreu com dificuldades no manejo de animais de recria em sua Fazenda Nossa Senhora Aparecida, situada no município de Ouro Verde, região de Dracena, no extremo oeste do Estado de São Paulo.

Quando chegavam de sua propriedade de cria (a Fazenda Mutum, em Brasnorte, MT), os bezerros eram manejados em piquetes de braquiária brizanta, majoritariamente, em sistema rotacionado, mas sem triagem adequada para formação de lotes homogêneos. Isso era feito meio “no olho”, com base na altura e conformação dos animais (se eram “costeludos”, por exemplo; ou seja, se tinham caixa para se desenvolver).

“A coisa era meio desorganizada, eu não sabia bem o que fazer com os bezerros, onde queria chegar em termos de peso. Mas sabia que não estava satisfeito com os 400-450 gramas que eles ganhavam nas águas e quase nada na seca. Eu não conseguia enxergar onde estava o problema; quase desisti da pecuária”, conta Berlato.

Seu sobrinho, Pedro Augusto Ferrari, administrador da Nossa Senhora Aparecida, acrescenta que os dois já haviam tentado, anos antes, o esquema de “sequestro” dos bezerros na seca, prática que se mostrou muito cara, justamente porque alguns erros continuaram sendo cometidos.

VEJA TAMBÉM | Recria confinada “esticada” ganha adeptos no Paraná

Mas a situação começou a mudar a partir da safra 2018/2019, quando eles adotaram a metodologia “Ganhando Peso na Seca”, preconizada pelo consultor Armélio Martins, da Sisal Planejamento Agropecuário, de Goiânia (GO), que utiliza duas ferramentas: formação de lotes por peso (cabeceira, meio e fundo) e estratégia de suplementação específica para cada grupo.

Hoje, Berlato está feliz. Na seca, o ganho de peso dos animais de “fundo” (menos pesados na desmama) bate 700 g/cab/dia, com ajuda do “sequestro”, e a turma da “cabeceira” ganha 470 g/cab/dia, somente a pasto.

“Agora, sei o que quero dos bezerros: peso de 250 kg no início das águas e de 450 kg na entrada do confinamento de engorda”, resume o produtor.

Antes, essas médias não eram obtidas, forçando o pecuarista a alongar a terminação em confinamento, técnica, aliás, que ele já não usa, pois constatou ser mais vantajoso engordar no boitel. “O confinamento demanda uma gestão muito afinada, há muitos detalhes nos quais não se pode errar e exige recursos. Enfim, é muito arriscado. Melhor ficar na mão de profissionais”, diz ele, garantindo que, agora, ganha mais por arroba do que antes (veja tabela abaixo).

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