Conteúdo: 24/11/2021

Sistemas integrados favorecem a reprodução

Estudo da Embrapa Silvipastoril aponta benefícios de sistemas integrados na precocidade reprodutiva de novilhas Nelore no nortão de Mato Grosso

Novilhas que ficaram com sombra nas áreas de ILPF tiveram maior concentração de hormônios.

Por Carolina Rodrigues

T anto a ILP (Integração Lavoura-Pecuária) quanto a ILPF (Integração Lavoura Pecuária Floresta) podem antecipar a puberdade de novilhas Nelore, revelando configurações interessantes sobre cada modelo e como eles podem ser utilizados para manejar categorias e subcategorias diferentes da fazenda. Esse foi o objetivo de recente pesquisa realizada pela Embrapa Agrossilvipastoril, de Sinop, MT, com 48 fêmeas com idades entre 12 e 14 meses.

Na fase de recria, por exemplo, a pesquisa mostrou que a integração lavoura pecuária foi determinante para que os animais atingissem o peso ideal para entrarem em reprodução, enquanto na fase pré-púbere, o sistema silvipastoril – com melhores condições de conforto térmico – proporcionou aumento da concentração do hormônio IGF-1, fortemente relacionado à precocidade sexual.

Para o pesquisador Luciano Lopes, a pesquisa apresenta uma nova perspectiva de manejo para as propriedades que têm a cria inserida no seu processo produtivo.

“Do ponto de vista prático, é importante ter essas estratificações. O produtor pode manejar animais pós-desmama em ILP para acelerar o ganho de peso e, na fase seguinte, colocá-los em ILPF para tentar um alcance melhor nos indicadores de concepção. São estratégias complementares muito interessantes”, avalia.

O experimento da Embrapa buscou validar os sistemas de produção a partir de indicadores reprodutivos, mas, acima de tudo, atender a uma demanda regional dos produtores: nos últimos 10 anos, cresceu a participação da cria nas propriedades do norte do Estado, fator que vem estimulando pesquisas na área e o envolvimento cada vez maior do setor produtivo.

VEJA TAMBÉM | Internet das Coisas monitora produtividade e bem-estar animal em sistemas de ILPF

Além da Embrapa, participaram do estudo a Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso) e a Acrinorte (Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso), que subsidiaram parte das despesas e cederam os animais.

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Programa de seleção garante eficiência no cocho

Fazenda 3 Barras, de Santa Rita do Pardo (MS), reduz custo e eleva resultado produtivo ao confinar animais frutos de projeto de avaliação do DeltaGen

Touros “prata da casa”: rendimento do ganho de 71%, oito pontos percentuais a mais do que o de touros comprados.

Por Denis Cardoso

Em tempos de grandes turbulências no mercado pecuário – como a vivida neste fim de 2021, com a persistência do embargo da China à carne brasileira –, as fazendas que investem pesadamente no melhoramento genético de seus rebanhos comerciais têm melhores condições de garantir lucratividade nas operações de recria e engorda. É o que comprovam os resultados obtidos pela Fazenda 3 Barras, de Santa Rita do Pardo (MS) que faz ciclo completo em 4.600 hectares de pastagem (área total de 5.860 ha), com terminação em confinamento.

Conduzida pelo pecuarista José Francisco Micheloni (conhecido como “Kiko”) e seus dois filhos (José Paulo Micheloni e José Francisco Micheloni Júnior), a propriedade ingressou em 2004 no programa DeltaGen e, desde então, segue à risca as orientações do projeto de melhoramento genético, que tem como um dos principais objetivos elevar a eficiência produtiva dos rebanhos.

José Francisco Micheloni

“Nosso plantel é avaliado nas condições reais de criação, sem artificialismos, buscando sempre animais mais produtivos e, ao mesmo tempo, preservando a rusticidade e a adaptabilidade típicas do Nelore”, afirma Kiko.

A 3 Barras mantém um contingente de 1.000 matrizes Nelore avaliadas pelo DeltaGen, fonte de produção dos machos terminados em confinamento próprio e também de touros e novilhas superiores, que recebem o Certificado Especial de Identificação e Produção (CEIP) e são negociados em leilões ou destinados às centrais de genética (no caso dos reprodutores) que atuam na coleta e venda do sêmen ao mercado.

Segundo a zootecnista Jéssica Oliveira, gerente de pecuária da 3 Barras, as fêmeas classificadas entre Deca 1 (que reúne a fração de 10% dos animais que mais se destacaram nas avaliações genéticas) a Deca 5 (correspondente à fração aos 41% a 50% melhores do rebanho) são dirigidas ao acasalamento com touros Nelore.

As matrizes com desempenhos genéticos inferiores (Deca 6 acima) são direcionadas ao cruzamento industrial (com sêmen de touros Aberdeen Angus).

Com capacidade estática para 2.100 cabeças, o confinamento da 3 Barras engorda em torno de 2.500 animais por ano (40% deles comprados), entre machos Nelore e cruzados meio-sangue (fêmeas e machos) Angus x Nelore.

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Na fase de recria, por exemplo, a pesquisa mostrou que a integração lavoura pecuária foi determinante para que os animais atingissem o peso ideal para entrarem em reprodução, enquanto na fase pré-púbere, o sistema silvipastoril – com melhores condições de conforto térmico – proporcionou aumento da concentração do hormônio IGF-1, fortemente relacionado à precocidade sexual.

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“Do ponto de vista prático, é importante ter essas estratificações. O produtor pode manejar animais pós-desmama em ILP para acelerar o ganho de peso e, na fase seguinte, colocá-los em ILPF para tentar um alcance melhor nos indicadores de concepção. São estratégias complementares muito interessantes”, avalia.

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Para o pesquisador Luciano Lopes, a pesquisa apresenta uma nova perspectiva de manejo para as propriedades que têm a cria inserida no seu processo produtivo.

“Do ponto de vista prático, é importante ter essas estratificações. O produtor pode manejar animais pós-desmama em ILP para acelerar o ganho de peso e, na fase seguinte, colocá-los em ILPF para tentar um alcance melhor nos indicadores de concepção. São estratégias complementares muito interessantes”, avalia.

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