Conteúdo: 13/12/2021

Manejo rotatínuo em expansão nas fazendas de corte

Conceito de manejo que prioriza o comportamento de consumo do animal ganha força nas propriedades e chega ao Brasil Central com ajustes

Animais em pasto de Piatã em manejo rotatínuo na Fazenda Guarita, localizada em Rondonópolis, no MT.

Por Ariosto Mesquita

Em 2018, Edicarlos Damacena, engenheiro agrônomo e professor da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), recebeu um pedido de seu cunhado e criador de bezerros, Gabriel Ferracini Barachi, para auxiliá-lo no início de um processo de intensificação de sua propriedade, a Fazenda São Gabriel, em Pedra Preta, no sul de Mato Grosso.

“Começávamos, assim, a implantar a primeira experiência de pastoreio rotatínuo no Estado”, lembra o especialista, se referindo ao modelo de manejo desenvolvido e aplicado há mais de uma década pela equipe do professor Paulo César Faccio Carvalho, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O sistema mescla preceitos dos sistemas contínuo com o rotacionado, privilegiando o desempenho individual do animal, que passa a comer apenas “ponta de folha”, fração do capim com maior teor de nutrientes.

Damacena foi coorientado por Faccio durante seu doutorado em Ciência do Solo, entre 2006 e 2008, e é um dos muitos ex-alunos do professor gaúcho a apostar no rotatínuo, ajudando a difundi-lo no Brasil. Somente no MT, ele estima que o sistema seja adotado atualmente em mais de 1.000 ha, área que pode triplicar nos próximos dois anos.

VEJA TAMBÉM | Rotacionado morro acima

Em 2013, quando o rotatínuo foi lançado no Congresso Internacional de Pastagens, em Sidney, Austrália, DBO apresentou-o em reportagem de capa. No texto, a editora Maristela Franco lembrava que, até então, o modelo proposto por Faccio era “pouco conhecido pelos pecuaristas de corte, mas já bastante usado por produtores de leite do Rio Grande do Sul”.

Em oito anos, o rotatínuo não apenas se expandiu para vários Estados brasileiros como vem conquistando os produtores de bovinos de corte. O surgimento de empresas de assessoria pecuária compostas por técnicos especializados no sistema (grande parte sob o comando de ex-alunos do professor Faccio) claramente ajudou nisso. É o caso da Serviço de Inteligência em Agronegócios (SIA), empresa fundada em Porto Alegre (RS), em 2010, hoje atuando nas cinco regiões brasileiras.

“Começamos atendendo dois ou três pequenos produtores gaúchos de leite. Hoje estimamos já ter implantado 1,15 milhão de ha de pastoreio rotatínuo pelo Brasil. Só em fazendas de gado de corte são cerca de 1 milhão de ha”, revela o diretor técnico comercial da SIA, Armindo Barth Neto.

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Nem todo coproduto do etanol de milho é DDG

Em artigo, Matheus Moretti, Gestor Técnico de Bovinos de Corte da Agroceres Multimix, detalha atributos dos coprodutos do etanol de milho e discute a nomenclatura deles

DDG (grãos destilados secos) obtido a partir do processo de fabricação convencional do etanol de milho.

Por Matheus Moretti, Gestor Técnico de Bovinos de Corte da Agroceres Multimix e Simone Garcia, Consultora de Serviços Técnicos da Agroceres Multimix

Com a difusão das usinas de etanol de milho no Brasil, cresceu a oferta de coprodutos da fermentação desse cereal para a nutrição de bovinos. Conforme estimativas da União Nacional de Etanol de Milho (Unem), o Brasil produzirá 2 milhões de toneladas de “grãos destilados” em 2021/2022, devendo atingir 6 milhões de toneladas em 2030/2031.

O emprego desses insumos em suplementos e rações, contudo, exige conhecimento prévio sobre o processo industrial que lhe deu origem, além de sua composição nutricional, para que se possa maximizar o desempenho animal e o resultado econômico da fazenda. Levantar essas informações junto ao vendedor e fazer análise laboratorial de amostras antes da formulação da ração pode fazer total diferença.

Tais cuidados (recomendáveis para qualquer ingrediente) tornam-se especialmente importantes no caso dos coprodutos de usinas de etanol de milho, todos chamados genericamente de DDG, sigla em inglês para Dry Distillers Grains (grãos secos de destilaria), por falta de termos adequados em português.

VEJA TAMBÉM | Ganho de peso crescente com DDG no cocho, revela pesquisa

Isso tem causado grande confusão, porque existem diferentes processos de produção de etanol de milho, com geração de coprodutos também diferentes (secos ou úmidos, com mais ou menos fibra, mais ou menos proteína ou energia). Para entender melhor isso, vale uma revisão rápida sobre os dois processos industriais mais comuns de produção de etanol a partir do cereal.

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Alta do fosfato bicálcico encarece sal mineral

A principal fonte de fósforo usada nos suplementos quase dobrou de preço em um ano, afetando principalmente a chamada “linha branca”

Impacto do aumento foi maior na linha branca.

Por Larissa Vieira

Com a alta nos preços das matérias-primas usadas na fabricação de insumos pecuários, a calculadora tornou-se ferramenta importantíssima na gestão do negócio em 2021.

A indústria de fertilizantes opera em patamares bem elevados, por uma série de fatores (alta superior a 100% para todos os componentes) e isso tem gerado uma reação em cadeia que já chegou à indústria de suplementos minerais do Brasil, cujo principal ingrediente é o fosfato bicálcico, fonte de um elemento hoje disputadíssimo no mercado: o fósforo. Ou seja, se aumenta a demanda ou o custo deste componente para fabricação de fertilizantes, o bicálcico também sobe. Somente neste ano, foram várias altas, impactando diretamente o preço do sal mineral.

Segundo fontes do mercado, o produto pronto para uso (90 g de fósforo) aumentou, em média, 62% de janeiro a novembro de 2021 e o aditivado, 42%. Apesar do milho caro, o proteico e o proteico-energético subiram menos (21% a 22%). O levantamento da Scot Consultoria registrou alta ainda maior: em novembro de 2020, o sal com 90 g de P custava R$ 95,40/sc de 30 kg e, no mesmo mês de 2021, já valia R$175,25 (83,7% a mais).

“A culpa não foi somente do fosfato bicálcico. Hoje, temos vários ingredientes em alta por conta de uma oferta bem limitada, em decorrência das medidas de restrição da pandemia tomadas lá atrás, da demanda mundial maior e, agora, por conta das questões energéticas em países produtores de fertilizantes, como a China e a Europa”, explica o zootecnista e analista de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri.

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