Conteúdo: 11/04/2022

Revista DBO | Pecuária relâmpago

Empresa baiana adota modelo de cria 4.0 + ILP, que permite produzir bezerros e engordar fêmeas em curto tempo, obtendo lucro 22,5% superior ao da lavoura solteira

Por Ariosto Mesquita

Trabalhar com pecuária de corte definitivamente não estava nos planos do agricultor Amauri Stracci, filho de desbravadores do oeste baiano, que na década de 80 vieram do Paraná para fixar-se em São Desidério, a 200 km de Barreiras (BA). Mas tudo mudou, em 2017, quando ele decidiu contrariar a tendência nacional de transferência de áreas da pecuária para a agricultura (observada no País há décadas) e transformar 310 ha de lavoura em pastagens para alojar vacas.

Começou de forma tradicional, mas, a partir de 2019, com ajuda da consultoria mineira Prodap, montou um projeto inédito de pecuária, batizado de Cria 4.0 + ILP (integração lavoura-pecuária), que tem lhe garantido lucratividade superior à da atividade agrícola solteira. Quando produzia apenas grãos, ele obtinha lucro equivalente a 30 sacas de soja/hectare.

Com o novo sistema, alcançou 36,7 sacas (dados da safra 2020/2021). Ou seja, sua receita líquida passou de R$ 5.456 para R$ 6.684/ha, considerando-se a cotação do grão em 22 de março (R$ 181,88/sc). A pecuária lhe garantiu um ganho extra de R$ 1.228/ha , um aumento de 22,5%. A família gostou tanto dos resultados que decidiu iniciar outro projeto, em uma fazenda de 3.500 ha, no município de Peixe (TO).

Sair do modelo eminentemente agrícola (produção de algodão, soja e milho) praticado desde 1984 não foi, contudo, uma decisão simples. A Fazenda Ana Terra, com de 5.018 ha de área total, dos quais 3.581 abertos, está encravada no “celeiro baiano”, composto por municípios como Barreiras, Luiz Eduardo Magalhães e São Desidério. Este último (onde fica a propriedade) detém o título de terceiro maior PIB da agropecuária brasileira, com faturamento de R$ 3,18 bilhões/ano. Toda a estrutura da Ana Terra era voltada à lavoura, mas uma frustração de safra em 2016, que quase quebrou a família, levou Stracci a pensar em diversificação.

“Um amigo me perguntou quando entraria na pecuária e respondi que não tinha dinheiro para comprar terras no Tocantins, por exemplo, imaginando que gado se criava somente de forma extensiva, mas ele me falou de um fazendeiro, aqui mesmo no oeste baiano, que produzia 800 bezerros/ano em 300 ha. Foi aí que decidi investir em pecuária, com um detalhe: a atividade tinha de dar mais lucro do que a lavoura; caso contrário, eu continuaria plantando soja e milho”, relata o produtor.

Forjando um novo modelo

Os primeiros dois anos foram de tentativas e descobertas. Stracci começou fazendo cria e depois recria/engorda de fêmeas Nelore sem muito sucesso. “Sobrou comida e o gado não cresceu”, lembra o produtor. Como já era consumidor (e admirador) de carne de qualidade, decidiu trabalhar com fêmeas 1/2 sangue Angus/Nelore, fertilizadas com sêmen Angus, e gostou do que viu: “Conseguimos emprenhar novilhas com idade próxima de 10 meses e peso de 10 @. Aos 20 meses de vida, elas já estavam com cria ao pé. Após a desmama dos bezerros, elas foram terminadas a pasto com ração, sendo abatidas com 20@, ante 15,3 @ das Nelore. Percebi que havia encontrado um caminho”, relata Stracci.

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Filé à inglesa “Rio Grande”: a realeza do filé mignon é acompanhada por súditos igualmente nobres: arroz, batatas fritas e feijão tropeiro.

Por Jussara Passini Daher – Proprietária do Restaurante Tabu, que fica no centro de Uberaba, no Triângulo Mineiro.

O Restaurante Tabu, em Uberaba, MG, existe desde 1942. O nome é uma homenagem de seu fundador, o comerciante Omar Andrade Rodrigues, a um estabelecimento de mesmo nome que funcionava no Largo do Paissandu, no centro da capital paulista. O Tabu mineiro fez fama, dentre os restaurantes noturnos localizados no interior do País, graças, também, ao suculento filé servido aos clientes – intelectuais, estudantes, jornalistas, políticos e artistas de todo tipo.

No início dos anos 1960, o Tabu foi adquirido pelos irmãos Shin Ichiro Kikuichi e Yassushi Kikuichi, cujas esposas – Olívia (Zica) e Assaco (Marcelina) – passaram a comandar sua famosa cozinha. No apogeu de sua popularidade, em 1981, porém, o restaurante fechou, em função da morte de Shin. Mas em 1988, seus filhos Nivaldo e Waldir resgataram a tradição e o reinauguraram.

Tradição do filé

Desde o ano 2000, tenho a responsabilidade – e também o orgulho – de comandar a casa, tendo como auxiliares diretos meus filhos Leandro e Adriano. Mantendo a tradição, temos na carne bovina o carro-chefe de nossas vendas, com destaque para o italianíssimo filé à parmegiana, e, em seguida, para o filé à inglesa, este último caracterizado por ser um bife alto (6 cm, aproximadamente), grande (700 gramas de peso) e muito suculento.

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