Conteúdo: 27/05/2022

Revista DBO | Hantavirose, uma zoonose ignorada e perigosa

Ratinho da mata é um dos transmissores da doença, que matou 414 pessoas no Brasil, num período de 10 anos

Ratinho da mata é um dos transmissores da doença.

Por Enrico Ortolani – Professor titular de Clínica de Ruminantes da FMVZ-USP (ortolani@usp.br)

Trechos de uma conversa na antessala de velório, numa pequena cidade do interior:
– Oi, João. Mas que coisa triste; o Tonho morreu tão jovem e de forma tão rápida! Há 10 dias eu o vi, vendendo saúde e cuidando da boiada!
– Mas do que ele morreu?
– Ouvi falar que foi de hantavirose.
O recém-chegado ao velório questionou: – Como? “Antavirose”? Mas, por aqui não tem anta! E o Tonho nem era caçador! João explicou melhor:
– O que o “dotô” disse pra família é que a doença não é transmitida por antas, mas por um rato do campo….
Os dois matutos e todos os demais no velório nunca tinham ouvido falar da tal hantavirose.

Conversas espantosas como essa provavelmente aconteceram em 414 velórios Brasil afora, entre 2010 e 2020. Esses são os números de mortes confirmadas por hantavirose, de 996 casos em que o vírus foi isolado e outros 15.080 em que os médicos suspeitaram da enfermidade, mas o vírus não foi isolado. Por ser uma doença nova e pouco enfatizada na formação dos médicos, é possível que um número bem maior de pessoas tenha morrido dessa causa.

Indaguei a uma boa quantidade de médicos se conheciam e se já tinham diagnosticado a hantavirose. A esmagadora maioria deles acompanhou boa parte do refrão do samba do Zeca Pagodinho: “Você sabe o que é caviar? Nunca vi, não comi e eu só ouço falar!”

Primeiras descrições

A primeira descrição da doença foi feita lá pras bandas da China, em 1910. Porém, em 1951, 3.020 soldados da terra de Elvis Presley foram vitimados pela hantavirose, na Guerra da Coreia, quando o patógeno foi isolado pela primeira vez. Como os casos ocorreram na beira do rio Hantaan, o vírus levou esse nome. Para não complicar, convencionou-se denominar a doença de hantavirose. Depois disso, a enfermidade foi descrita também na Europa, na África e nas Américas, do Norte e do Sul.

 

 

 

 

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Revista DBO | Para não perder boa genética, cuide do bezerro

LEIA o artigo da médica veterinária Giana Hirose, que destaca a importância dos cuidados com a vaca e o bezerro no melhoramento genético

Por Giana Hirose – Médica Veterinária e gerente nacional de vendas da Agrozootec.

Uma frase que exemplifica bem o melhoramento genético é a clássica “filhos devem ser melhores do que os pais”. Fazendas que têm boa seleção e adotam boas práticas reprodutivas podem desmamar crias com 240-260 kg, ante 150-180 da média nacional. Esse trabalho começa lá trás, na escolha do acasalamento e no cuidado com as doadoras, por exemplo.

Imagine passar por todo um processo de coleta de dados, uso de biotecnologias, nove meses de gestação em receptora e perder todo o ganho genético no nascimento do bezerro, por descuido! Deve-se evitar isso, começando pelo bom manejo pré-parto, passando pela nutrição adequada, bem-estar, vacinação e vermifugação das mães e terminando com o manejo pós-natal. Vejam recomendações.

 

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