Conteúdo: 15/06/2022

Revista DBO | Sal com ureia volta com tudo

Alta do sal proteinado faz produtores recorrerem à antiga tecnologia, que garante ganho de peso semelhante em categorias mais eradas

A ureia é uma fonte “indireta” de proteína, com preço mais acessível.

Por Renato Villela

O bom e velho sal com ureia está de volta. Preterido pelo proteinado nos últimos anos, ele retornou com força ao cardápio bovino. A valorização dessa tecnologia simples, que começou a ser usada no Brasil no início dos anos 80, se deve à alta dos grãos usados no suplemento proteico, como os farelos de soja, trigo, algodão ou milho, componentes mais comuns da formulação, que conta ainda com cloreto de sódio, outros minerais e aditivos. O preço salgado das fontes proteicas obrigou o produtor a fazer contas e comparações.

Ricardo Bürgi, da Bürgi Consultoria.

“Nas categorias mais eradas (vacas, principalmente), a diferença de desempenho é pequena entre os dois produtos; por isso, vale a pena lançar mão do sal ureiado, que está com custo bem mais baixo”, afirma Ricardo Bürgi, da Burgi Consultoria Agropecuária, de Piracicaba (SP).

Essa semelhança deve-se ao fato de a ureia ser uma fonte “indireta” de proteína. Ela fornece o nitrogênio necessário para a síntese proteica realizada pelas bactérias do rúmen. O proteinado, por sua vez, além de nutrir os microrganismos, entrega os aminoácidos prontos para o animal “converter” em músculo (carne). Essa maior “eficiência” se traduz em ganho de peso e é mais acentuada nas categorias mais jovens, que demandam mais proteína, uma vez que estão em fase de crescimento. “Bezerros recém-desmamados podem ganhar mais do que o dobro de peso com o proteinado em relação ao sal-ureia”, afirma Burgi.

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Revista DBO | Mercado está exigindo avanços

Em entrevista concedida à editora de DBO, Maristela Franco, o zootecnista Juliano Acedo, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), diz que quem sobe degraus na escada da intensificação dificilmente retrocede

Juliano Sabella Acedo, diretor de marketing da DSM/Tortuga e presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram).

Por Maristela Franco

No início deste ano, o zootecnista Juliano Sabella Acedo, diretor de marketing da DSM/Tortuga, assumiu a presidência da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram) a pleno gás, já familiarizado com as demandas do cargo. Explica-se: o processo sucessório da entidade é planejado. “O novo presidente já chega jogando”, diz ele, porque, antes de assumir, ocupa outros cargos na diretoria. “A Asbram é uma construção da qual ninguém tira tijolos, apenas adiciona”, define.

Fiel a essa filosofia, Acedo comprometeu-se a defender, durante seu mandato (2022/2023), algumas “bandeiras” de longo prazo da Asbram, como a maior mineralização do rebanho brasileiro, a desoneração fiscal do segmento, o uso de práticas sustentáveis e a ampliação do quadro de associados. Veja mais detalhes na entrevista concedida à editora de DBO, Maristela Franco.

Maristela – A Asbram sempre teve por bandeira difundir a suplementação mineral no Brasil. Quanto já avançamos? O que dificulta a difusão dessa técnica?

Juliano – A mineralização do rebanho tem avançado gradativamente no Brasil [Segundo cálculos da Asbram, houve crescimento de quase 20% no total de animais suplementados entre 2018 e 2021. Atualmente, considerando-se um rebanho de 218,2 milhões de bovinos e a venda de 3,862 milhões de toneladas de suplementos no País (total comercializado por empresas filiadas e não filiadas à entidade), estima-se que 53,22% dos animais sejam suplementados corretamente ou cerca de 114,7 milhões de cabeças.

Mas, se o cálculo for feito com base em fornecimento abaixo do ideal (realidade frequente no Brasil), o percentual de bovinos suplementados sobe para 70% a 80%]. Os principais entraves à adoção da técnica são: desinformação e falta de infraestrutura adequada (cochos, corredores de manejo, cercas), além de capacitação de mão de obra. Ainda assim, temos registrado avanços em função de exigências do próprio mercado, como a redução da idade de abate para produção do “Boi China”. Quando a arroba sobe, surgem novos usuários e também um processo de intensificação (passagem do sal mineral para o proteinado, do proteinado para o protéico-energético etc). Quem sobe degraus desta escada dificilmente retrocede.

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