Conteúdo: 12/07/2022

Revista DBO | Batalha pela padronização da toalete

Entidades representativas de pecuaristas pressionam o Mapa por ajustes na portaria SDA nº 515, para melhor definição do procedimento gerador de discórdia.

Por Carolina Rodrigues

Em junho de 2020, a DBO noticiou, com exclusividade, que produtores haviam reivindicado, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a publicação de uma instrução normativa padronizando o conceito de carcaça, o que permitiria definir claramente o que é toalete, ou seja, quais partes podem ser retiradas durante o processo de limpeza que antecede à pesagem para pagamento ao produtor.

O pleito, cujo objetivo era conferir maior transparência à relação comercial entre frigoríficos e pecuaristas, foi respaldado, à época, por um parecer técnico da Universidade Federal do Tocantins (UFT) que solicitava tal medida após quantificar, em estudo, os prejuízos decorrentes da “despadronização’’ da toalete, estimados em até 1@ por bovino.

Exatos dois anos após a publicação da reportagem, constata-se que a reinvindicação não somente foi ignorada, como há risco de retrocesso ainda maior, conforme dirigentes do setor. A Portaria nº 515 (1/2 /2022), que dispõe sobre procedimentos de abate e inspeção post mortem, sob consulta pública nos meses de abril e maio, manteve o conceito anterior de carcaças e ainda simplificou o de toalete, gerando intensos debates em junho.

Segundo os produtores, se aprovada, a portaria pode acarretar prejuízos ainda maiores aos pecuaristas, porque carece de clareza. “Quando o produtor vende seu gado, não sabe exatamente o que vai receber, porque as operações anteriores à pesagem da carcaça não são padronizadas, nem especificadas em detalhes, ficando a critério dos frigoríficos, que podem tirar pedaços de músculos e gorduras indevidamente”, diz Lauro Sagrilo, vice-presidente do Sindicato Rural de Santiago, Unistalda e Capão do Cipó, no Rio Grande do Sul.

O Mapa define carcaça como um animal abatido, sangrado, esfolado (sem o couro), eviscerado (sem vísceras), desprovido de cabeça, patas, rabo, glândulas mamárias ou vergalho e testículos. A principal queixa é que essa definição é muito sumária, não correspondendo à prática.

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Revista DBO | Consumo interno de carne bovina pode despertar do coma

A expectativa otimista leva em conta basicamente três fatores: redução na taxa de desemprego, eleições e Copa do Mundo.

Por Denis Cardoso

Mesmo com a inflação corroendo a renda dos brasileiros, analistas do setor pecuário acreditam que, a partir desta metade final do ano, a demanda doméstica pela carne bovina finalmente sairá do estado de dormência verificado nos últimos anos.

A expectativa otimista leva em conta basicamente três fatores que podem fazer com que as bandejas de carne vermelha retornem mais corriqueiramente aos carrinhos de compra da população brasileira, que sabidamente tem larga preferência pelas receitas que envolvem a proteína bovina, mas, nos últimos anos, especialmente em 2022, tem optado por alimentos mais baratos, como ovos, frango e cortes do suíno.

Os fatores de um possível aumento na demanda são: redução na taxa de desemprego, eleições e Copa do Mundo. Sobre o primeiro item, dados mais recentes divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o indicador recuou para 9,8% no trimestre até maio de 2022, o menor nível para esse intervalo desde 2015 (quando a taxa no período foi de 8,3% e a economia brasileira amargava forte recessão).

VEJA TAMBÉM | Nos últimos 20 anos, exportações de carne bovina ‘bombaram’ no 2º semestre

O segundo fator, talvez mais preponderante dentre os citados pelos analistas, é a injeção gigantesca de dinheiro na economia por conta das eleições, em outubro próximo. O fundo eleitoral aprovado é de R$ 4,9 bilhões, o que significa avanço de 188% em relação ao total de verbas disponíveis para a campanha de 2018.

De alguma maneira, parte desse dinheiro do “fundão” chegará aos bolsos de trabalhadores envolvidos com as campanhas dos candidatos. “No caso das classes com rendas mais baixa, qualquer ‘graninha’ extra, mesmo em ano de inflação forte, pode ser um estímulo para ele voltar a comer carne bovina”, afirma a analista Lygia Pimentel, CEO da consultoria Agrifatto (SP), que acrescenta: “O brasileiro está com saudade da carne vermelha”.

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