Em Goiás, fazenda de 300 ha aposta na irrigação, IATF escalonada, estoque de volumoso e ciclo completo de confinamento “de baixo custo”
Por Ariosto Mesquita
Cansado de ter de ajustar periodicamente sua forma de produzir às variações dos ciclos da pecuária e aos humores do clima e do mercado, o produtor Wilson Souza Ribeiro resolveu encarar o desafio de implantar um ciclo completo eficiente em uma propriedade de 300 ha de área total, com 180 ha de pastagem.
Tecnificar e intensificar foram as alternativas que vislumbrou na tentativa de criar uma espécie de blindagem para a Fazenda Cachoeira Dourada, em Itumbiara, região sul de Goiás, única fonte de sustento para ele e sua família. Para tanto, tomou algumas decisões importantes.
A primeira delas foi tornar-se um produtor cooperado (se associou à Coopercitrus). Em seguida investiu num pivô central para irrigar 100 ha de pasto, escalonou a inseminação das vacas ao longo do ano e providenciou análise de solo em toda a sua área de pasto, o que possibilitou a adubação a taxas variáveis, de acordo com a necessidade de cada talhão.
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A guinada começou em 2019, quando decidiu abandonar o modelo de recria e terminação (em boitel), retomando a cria, atividade que por anos foi a bandeira da pecuária na propriedade. Com pasto o ano todo, abriu mão da estação de monta e começou a fazer inseminação escalonada ao longo do ano. A expectativa é de que a partir do final de 2022 comece a mandar fêmeas e machos para o abate, ao longo dos meses.
“Não quero correr o risco de ter renda em apenas um período do ano”, justifica o produtor.