Um projeto piloto realizado em 24 fazendas de gado de corte situadas em áreas pantaneiras do Centro-Oeste brasileiro tem tudo para despertar o interesse de centenas de outros pecuaristas da região.
Batizado de Projeto FPS – Fazendas Pantaneiras Sustentáveis, o programa será realizado a partir deste mês de março pela Embrapa Pantanal, com apoio de associações, federações, entre outros parceiros.
Inicialmente, envolverá 12 propriedades do Mato Grosso. Em seguida, outras 12 no Mato Grosso do Sul.
Como funciona: por meio de um software, o projeto FPS elabora diagnósticos das propriedades e mensura o nível de sustentabilidade em cada uma delas.
Em sua fase inicial, 12 fazendas no Mato Grosso (quatro por município) aplicarão a ferramenta por cinco anos seguidos, buscando aprimorar aspectos econômicos, produtivos, sociais e ambientais das propriedades pantaneiras.
“Entre os objetivos do projeto, estão o aumento da produção de carne e bezerros por hectare, apoio à regularização das propriedades e aumento de eficiência, competitividade e rentabilidade do sistema”, diz o analista de pecuária da Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), Marcos de Carvalho.
O cronograma de atividades envolve a realização do diagnóstico das fazendas entre março a julho; a análise dos dados de julho a agosto; a apresentação de um plano de ação para cada propriedade até setembro.
Nesse plano, estão previstas atividades oferecidas de forma gratuita como assistência técnica, apoio ao gerenciamento da fazenda, capacitação e treinamento dos funcionários, orientação em relação a leis e linhas de crédito, consultoria e implementação de tecnologias da Embrapa e troca de experiências.
O chefe-geral da Embrapa Pantanal, Jorge Lara, afirma que a FPS também está em fase de implantação no Mato Grosso do Sul, onde mais 12 propriedades deverão compor o núcleo piloto de aplicação da ferramenta. “Essas 24 pioneiras vão preparar o terreno para que dezenas, talvez centenas de outras propriedades entrem no sistema”, destaca.