A longa caminhada do Paraná pelo título de zona livre de aftosa sem vacinação avança mais um passo nesta terça-feira, 15 de outubro. Durante solenidade no Palácio Iguaçu, em Curitiba, a ministra da agricultura Tereza Cristina assina hoje a Instrução Normativa que autoriza a suspensão da vacinação contra a doença no Estado a partir de novembro.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) o Paraná mantém um rebanho de 9,2 milhões de bovinos e bubalinos e está caminhando para finalizar, até o final do ano, as ações pendentes para se tornar área livre sem vacinação. Entre as medidas estão a contratação de médicos veterinários e técnicos para atuação na vigilância para a febre aftosa e a construção de um posto de fiscalização agropecuária, na divisa com São Paulo. As doses de vacinas estocadas no Estado, por sua vez, serão remanejadas pela iniciativa privada para regiões que ainda realizam a imunização.porta
Com o fim da vacinação a partir do próximo mês, o Mapa fará o monitoramento do Estado para avaliar a atuação dos postos de fiscalização nas divisas e, posteriormente, reconhecê-lo nacionalmente como área livre da febre aftosa sem vacinação, como prevê o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA 2017/2026). Se tudo ocorrer bem, o Brasil vai pleitear o reconhecimento internacional do Paraná como área livre de aftosa sem vacinação em setembro do ano que vem. A previsão é de que o status seja oficializado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em maio de 2021.
Ainda de acordo com o Mapa, não haverá modificações no trânsito de animais e produtos e subprodutos de origem animal provenientes ou destinados ao Paraná até 31 de dezembro deste ano. Somente a partir de 2020, será proibido o ingresso de animais vacinados, bovinos e bubalinos, no Estado. “Posteriormente, quando houver o reconhecimento nacional do Estado como livre de febre aftosa sem vacinação, assim como já ocorre em Santa Catarina, as demais regras de trânsito de animais suscetíveis à febre aftosa e seus produtos passará a vigorar conforme legislação vigente”, explica o governo em nota.
Por fim, seguindo os trâmites da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em setembro de 2020, o Brasil vai pleitear o reconhecimento internacional do Paraná como área livre de aftosa sem vacinação, que deverá ser oficializado pela OIE, em maio de 2021.