A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) entregou, ontem, 5 de junho, um pedido oficial de apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao projeto de Lei nº 2876/2019, que prevê a a regulamentação do uso comercial da palavra “carne”.
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Segundo o texto, o uso do termo e seus derivados (“bife”, “hambúrguer”, “filé” e “bacon”) fica restrito a produtos comestíveis de espécies de açougue (bovinos, suínos e aves). Em nota, a Acrimat defende que carnes a base de proteína vegetal “são produzidos a partir de extratos, polpas de frutas, etc., cujo valor nutricional difere em muito das carnes de origem animal”.
O projeto em tramitação na Câmara dos Deputados é de autoria do deputado federal Nelson Barbudo, do PSL, mesmo partido do presidente. “Entendemos que a sociedade não pode ser enganada em seu direito de consumir proteínas para a sua subsistência”, afirma a representante regional da Associação, Maria Ester Tiziani Fava.
As propostas de proibição do uso do termo carne para designar produtos à base de proteína vegetal têm avançado em outros países. Recentemente, um projeto de lei aprovado pela legislatura de Oklahoma define a “carne” como uma “porção comestível de gado, aves domésticas ou carcaça de cervídeos em cativeiro ou parte deles”