Embora estejam a quase mil quilômetros do litoral, os produtores do oeste baiano estão se somando aos esforços da população local para conter a chegada de óleo nas praias do Estado. “Não podemos fechar os olhos para o que se passa no Brasil, apesar da distância do litoral, nos preocupamos com a situação e, dentro de nossa possibilidade, estamos oferecendo apoio, esse é nosso papel”, afirmou, em nota, Júlio Busato, presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
A entidade enviou um caminhão com embalagens plásticas reforçadas (bags) que servirão para depositar o óleo retirado das praias e demais áreas atingidas. O carregamento foi recebido em Salvador no domingo, 27 de outubro, pelas equipes do Ibama e da Marinha, que já começaram a utilizar as embalagens para armazenar o óleo retirado. A previsão da Abapa é que outros caminhões sejam enviados a Salvador nos próximos dias.
Outra ação, com o mesmo foco, partiu da empresa Trevo Consultoria Ambiental, com apoio de agricultores do Oeste. Foram adquiridos itens como luvas, protetores solares, espátulas, carrinhos de mão e baldes, além de sacos bag e enviados a capital do Estado para serem entregues às equipes do Inema. Todo o esforço terá continuidade, segundo os envolvidos nas ações, que buscam, com o apoio, contribuir na limpeza nas praias no Nordeste brasileiro.
“Agradeço a todos os agricultores pelo apoio neste momento de crise ambiental que se abate sob o nosso litoral, muito obrigado a todos. Continuamos nosso trabalho confiantes de que nada resiste ao trabalho e de que em breve, teremos, nosso litoral sob controle e nossas praias, limpas, novamente”, agradeceu o superintendente do Ibama no Estado, Rodrigo Alves. De origem desconhecida, óleo já atinge nove Estados do Nordeste. Só na Bahia, são 18 municípios atingidos até o momento.