Apesar de demanda, câmbio e oferta pressionam preços do café

Variedade de preferência da maior parte das cafeterias tem saído por menos de US$ 1 desde o início de março na Bolsa de Nova York

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Embora o café nunca tenha sido mais popular do que nos dias de hoje, os preços do grão estão no menor nível em mais de uma década. Uma libra-peso de arábica, a variedade de preferência da maior parte das cafeterias, tem saído por menos de US$ 1 desde o início de março na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), menos do que muitos produtores dizem ser o custo de plantio e processamento.

Fatores que propiciaram a ampla oferta de café incluem grandes avanços na produção e um colapso no valor da moeda do Brasil, maior produtor mundial. Para esta safra, espera-se mais um superávit de oferta e o principal responsável é o Brasil, que aumentou ainda mais sua participação na produção global de café. O País ganhou participação de mercado que pertencia a países da América Central por causa da ajuda do governo em pesquisa e desenvolvimento – incluindo a mecanização da colheita, enquanto outros países ainda usam métodos manuais.


“O problema é que (outros países) não conseguem suportar a onda de oferta do café brasileiro”, disse o ex-chefe de pesquisa da Volcafe Coffe Research, subsidiária da ED&F Man, Keith Flury. Além disso, quando a moeda do Brasil se desvaloriza, o mesmo acontece com o café. “As causas dos preços baixos do café em dólar são a alta produtividade da produção brasileira, o dólar forte e o real brasileiro fraco”, disse o economista Jeffrey Sachs, diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Columbia. “Basicamente, o Brasil está reduzindo custos globais”, disse.

De acordo com o diretor da World Coffee Research, um grupo financiado pela própria indústria, Greg Meenahan, com preços tão baixos, alguns produtores cortam gastos com fertilizantes e defensivos. “Os plantios ficam piores e a safra do ano que vem tem mais perdas”, disse Meenahan.

A Colômbia, um dos principais exportadores do mundo, aumentou neste mês os auxílios a produtores de café. “Há pessoas da América Central migrando para os EUA e africanos indo para a Europa por causa do preço do café”, disse o CEO da Federação Nacional de Produtores de Café da Colômbia, Roberto Vélez. Alguns analistas afirmam que, na temporada que se encerra em 2020, pode haver um pequeno déficit na produção global por se tratar de um ano de bienalidade negativa no Brasil. No entanto, o tratamento dos agricultores “é excelente e isso diminui os efeitos do ciclo da cultura”, disse Carlos Mera, analista sênior de commodities do Rabobank.

Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

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