Após seguidas valorizações, preços do boi gordo fecham a semana firmes nas principais regiões do País

O viés altista deve-se à escassez de oferta de boiadas gordas e ao aquecimento das exportações brasileiras de carne bovina, informam a consultorias do setor pecuário

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A primeira semana de 2022 foi marcada por fortes altas nos preços da arroba bovina, estimuladas pela escassez de oferta de boiadas gordas e pelo aquecimento das exportações brasileiras de carne bovina, informam as consultorias que acompanham diariamente o mercado pecuário.

“O viés altista deve-se sobretudo à enorme dificuldade dos frigoríficos em encontrar lotes de animais terminados nas principais praças pecuárias do País, em função da baixa presença de pecuaristas nas vendas (período de férias ou mesmo retenção)”, destaca a IHS Markit.


Paralelamente, a recuperação dos embarques brasileiros de carne bovina, favorecidos pela reabertura do comércio com a China após um longo período de embargo (mais de 100 dias), estimulou a procura por animais gordos, ressalta a consultoria.

Neste contexto, continuam os analistas da IHS, “ficou evidente que, apesar do enfraquecimento da demanda interna, a oferta enxuta no campo e a aquecida procura internacional pela carne brasileira foram os dois fatores que levaram os preços do boi gordo a atingirem novos patamares recordes”.

A reabertura do mercado chinês e da Rússia, associado ao processo de consolidação da presença da carne brasileira em outros importantes mercados consumidores , como os EUA, tem neutralizado os possíveis impactos negativos que seria ocasionado pela inconsistência do consumo doméstico, típico do começo de ano.

Segundo a IHS, entre os exportadores de carne bovina da América do Sul, o Brasil é que possui o preço pago pela arroba (em dólar) mais baixo, o que torna o produto nacional mais competitivo no mercado internacional.

“Cabe mencionar também que a Argentina, um importante concorrente do Brasil no mercado internacional de carne bovina, estendeu a suspensão das exportações da proteína até o fim de 2023, visando combater o aumento dos preços domésticos”, observa a IHS.

Dia de maior cautela – A semana termina com o mercado do boi gordo um pouco menos comprador, resultado do avanço das escalas de abate dos frigoríficos nos últimos dias.

Segundo apurou a Scot Consultoria, nesta sexta-feira (7/1), os preços dos animais terminados no mercado de São Paulo ficaram estáveis na comparação com o dia anterior.

Com isso, o valor de referência nas praças paulistas segue em R$ 338/@ para o boi gordo, R$ 310/@ para a vaca gorda e R$ 327/@ para a novilha gorda (preços brutos e a prazo).

Bovinos com até quatro dentes (“padrão-China) recebem ágio de até R$ 15/@ em relação ao preço do mercado interno.

No acumulado desta semana, de acordo com a Scot, a cotação do boi gordo subiu R$ 16/@ no interior de São Paulo, enquanto os preços da vaca e da novilha tiveram aumento de R$ 8/@ e R$ 10/@, respectivamente.

Segundo apurou a IHS Markit, no mercado interno da carne bovina não há espaço para altas nos preços, uma vez que os valores das carnes concorrentes (frango e suínos) continuam em trajetória de queda.

Em algumas regiões do País, relata a consultoria, o escoamento da proteína vem se arrastando desde a virada de ano, resultando em sobras de mercadorias e devoluções parciais.

Com as vendas no varejo enfraquecidas, dizem os analistas, o repasse de custos é neutralizado, o que tem prejudicado as margens operacionais das indústrias frigoríficas.

“Em alguns casos, as margens já operam no vermelho”, observa a IHS.

Tal fato, continua a consultoria, estimulou a retirada de muitas unidades de abate das compras de gado, restando apenas as plantas que trabalham focadas no mercado externo.

“Grande parte das indústrias frigoríficas optaram por se ausentar das compras de gado no dia de hoje”, ressalta o boletim desta sexta-feira da IHS Markit.

Porém, mesmo diante da baixa liquidez de negócios, os preços da arroba continuam firmes em todo o Brasil.

Giro pelas praças – De certa forma, as altas nos preços da arroba nesta sexta-feira ocorreram em regiões onde existe uma forte presença de plantas exportadoras, relata a IHS.

Atualmente, calcula a consultoria, os Estados de SP, MT, GO, MS e MG respondem por 76% das exportações de carne bovina do País.

Sendo assim, nesta sexta-feira, destaca a IHS, novas altas nos preços da arroba foram observadas em praças pecuárias localizadas no Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.

“Porém, logo após concluírem suas escalas para a próxima semana, muitas plantas frigoríficas saíram do mercado e passaram a não sinalizar indicações de compra no balcão”, relatam os analistas da IHS.

No interior paulista, de acordo com apuração a IHS, o boi-China é negociado por até R$ 350/@, a prazo, valor bruto.

Na B3, os preços dos contratos futuros do boi gordo continuam fragilizados. As baixas seguem motivadas pelas preocupações com a capacidade de repasse dos custos operacionais das indústrias frigoríficas aos preços finais da carne bovina, relata a IHS.

No atacado, a primeira semana do ano encerra com estabilidade nos preços dos cortes bovinos

Avanço dos embarques – De acordo com dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em dezembro passado, o Brasil exportou 150,97 mil toneladas de carne bovina, um incremento de 50,8% sobre novembro de 2021.

No comparativo anual, o volume exportado registrou uma queda de 9,9% sobre dezembro/20.

Porém, enfatiza a IHS, o mês de janeiro deve ser marcado por elevados volumes embarcados.

Cotações máximas desta sexta-feira, 7 de janeiro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 345/@ (prazo)
vaca a R$ 317/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 320/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 308/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 325/@ (prazo)
vaca a R$ 310/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 306/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 307/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 320/@ (à vista)
vaca a R$ 298/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 313/@ (à vista)
vaca a R$ 298/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 325/@ (prazo)
vaca R$ 315/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 325/@ (prazo)
vaca a R$ 315/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 340/@ (prazo)
vaca a R$ 315/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 335/@ (prazo)
vaca a R$ 315/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 333/@ (à vista)
vaca a R$ 315/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 333/@ (à vista)
vaca a R$ 315/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 292/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 293/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 308/@ (à vista)
vaca a R$ 294/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

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