Ao longo desta semana, o volume de negócios envolvendo todas as categorias para reposição continuou bastante fraco, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.
“Conforme avança o período mais seco e frio e o intervalo de confinamento se reduz, a ocorrência de leilões, naturalmente, se torna menor, em função da menor demanda por reposição”, diz a consultoria IHS Markit.
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No entanto, os preços dos animais de reposição, apesar do descompasso entre compradores e vendedores, continuam firmes, em patamares bastante altos.
Segundo a IHS, as recentes quedas no valor do milho (principal insumo utilizado nos confinamentos) não foram suficientes para estimular a procura por bezerros e bezerras, ou até mesmo garrotes e novilhas.
Os altos custos da nutrição e o acréscimo nas diárias dos boiteis reduzem a procura pela engorda no cocho e, com isso, os recriadores/invernistas evitam adquirir novos lotes, justifica a consultoria.
Segundo a IHS, atualmente, muitas fazendas já não conseguem colocar em prática a mesma estratégia utilizada por confinadores de pequeno e médio porte ao longo de maio, quando uma boa parte deles fechou parcerias em boiteis.
Atualmente, observa a IHS, tais estabelecimentos encontram-se praticamente lotados, sobretudo no Centro-Oeste, o que resultou em acréscimo nos custos das diárias.
No entanto, continua a IHS, para evitar apuros nos últimos meses do ano, alguns grandes players do mercado já anunciaram a elevação da capacidade instalada dos boiteis.
Nesse contexto, continua a IHS, foi possível registrar variações mistas dos níveis de preços de todas as categorias da reposição.
No MS, SP, PR e RO, os preços dos machos tiveram leve variação positiva, enquanto no restante do País os valores permaneceram estáveis.
O indicador do bezerro Esalq/Cepea (mercado do MS) fechou a última quinta-feira, 17 de junho, a R$ 2.960,22, com estabilidade na comparação diária. Na comparação com o valor registrado há um mês, o indicador registra baixa de quase 8%.