A balança comercial das exportações brasileiras de maçã ficou positiva no acumulado parcial do ano (janeiro a maio), em US$ 6,6 milhões. De acordo com a Secex, o resultado das vendas vem superando as importações desde março de 2019.
No entanto, dados da comercialização apontam que os embarques da maçã nacional neste ano estão inferiores na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, o recuo das exportações pode estar atrelado à menor disponibilidade da variedade gala no mercado doméstico (quebra de safra) e aos maiores calibres desta temporada – como essas condições podem assegurar bons preços no Brasil, os estoques devem priorizar o mercado interno e não o externo.
Além disso, alguns países importadores têm preferência por tamanhos menores – Bangladesh, por exemplo, o principal consumidor da fruta brasileira, prefere galas miúdas.
Em relação às importações, as barreiras fitossanitárias que foram impostas à Argentina no primeiro trimestre do ano e a produção do Chile menor, fez com que as exportações desses tradicionais fornecedores ao Brasil ficassem reduzidas.
De outro modo, a Itália aproveitou essa “janela” aberta e destinou quase sete vezes mais maçãs para o Brasil na parcial do ano – volume que corresponde a um terço do total exportado pelo Brasil.