No acumulado de agosto (até dia 12), o Indicador Cepea/B3 (São Paulo, à vista) do boi gordo registra média de R$ 226,97/@, o que significa o maior patamar, em termos reais (descontado o efeito inflacionário), considerando-se toda a série do Cepea, iniciada em 1994 (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI de julho/20), informa nesta quinta-feira (13/8) o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Entre 5 e 12 de agosto, especificamente, o Indicador permaneceu praticamente estável (+0,02%), fechando a R$ 226,30 ontem (dia 12). Segundo pesquisadores do Cepea, além da baixa oferta de animais prontos para abate, a aquecida demanda internacional, especialmente por parte da China, segue sustentando as cotações domésticas.
No acumulado de janeiro a julho deste ano, o país asiático respondeu por mais de 40% do total de carne bovina exportada pelo Brasil. Nos primeiros sete meses do ano, as exportações ao mercado chinês somam 451,77 mil toneladas, um forte aumento de 158% sobre o volume registrado em igual período do ano passado, de 174,98 mil toneladas. [
Porém, relata o Cepea, o preço da carne brasileira embarcada à China caiu 30% nos últimos sete meses, saindo do patamar de US$ 4,32/kg, em janeiro, para US$ 6,07/kg, em julho. Em 2020, a média está em US$ 4,98/kg, 3,5% inferior à de 2019, de US$ 5,16/kg, compara o Cepea. “No entanto, o dólar em patamar elevado acaba amenizando a queda no recebimento de frigoríficos em moeda nacional”, avalia o Cepea.