Boi-China sobe R$ 25/@ em 30 dias, chegando a R$ 330/@ no mercado de São Paulo

Exportadores brasileiros intensificam os embarques ao mercado chinês, estimulados pelo câmbio favorável (alta do dólar frente ao real) e pelo fim dos severos lockdowns em grandes cidades do país asiático

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Nos últimos 30 dias, o preço do boi-China (abatido mais jovem, geralmente com idade abaixo de 30 meses, com até quatro dentes) subiu R$ 25/@ no mercado de São Paulo, saltando de R$ 305/@, em 30 de maio, para R$ 330/@, nesta quinta-feira, 30 de junho.

Os dados acima foram apurados pela equipe de analistas da Scot Consultoria, de Bebedouro, que acompanha diariamente o mercado pecuário.


Só nesta quinta-feira, o animal com padrão para clientes do mercado chinês avançou R$ 5/@ nas praças paulistas, chegando aos 330/@ já citados acima.

Por sua vez, o macho gordo e a vaca gorda destinados ao consumo doméstico (abatidos em São Paulo) registraram estabilidade nesta quinta, fechando o dia valendo os mesmos R$ 317/@ e R$ 287/@, respectivamente, da quarta-feira (29/6).

Porém, cotação da arroba do boi gordo que atende ao mercado interno subiu R$ 17,50/@ no acumulado de junho (para os R$ 317/@, referência que não era observada desde meados de abril/22).

A novilha gorda, porém, sofreu reajuste diário de R$ 2/@ neste último dia do mês, subindo para R$ 304/@ (no prazo, valor bruto) em São Paulo, informa a Scot.

Segundo analistas da IHS Markit, a recuperação nos preços do boi-China é motivada pelo forte crescimento da demanda por parte do país asiático, depois dos transtornos registrados em meses anteriores.

A desvalorização do dólar frente ao real é outro atrativo para os exportadores brasileiros de carne bovina, já que o produto brasileiro fica ainda mais competitivo no mercado internacional, impulsionado as compras não só da China, mas também de outros importantes clientes da proteína nacional.

“Com o câmbio favorável, os embarques brasileiros de carne bovina podem alcançar em torno de 160 mil toneladas em junho, fator este que deve ser replicado e superado ao longo do segundo semestre deste ano”, prevê a IHS.

A retomada das atividades portuárias e a reabertura da economia chinesa após o longo período de severos lockdowns devem favorecer a entrada da carne brasileiro no gigante asiático, gerando dados positivos tanto para volumes quanto para faturamento do setor, acrescenta a consultoria.

“A demanda externa deve continuar como principal driver do setor, fomentando a cadeia de produção doméstica e dando maior liquidez às operações”, ressalta a IHS.

Confinamento em baixa – Na maior parte do País, a IHS Markit observou que não há avanços na intenção de confinamento para o segundo giro, mesmo com custos apresentando estabilidade e a relação de troca de boi gordo/bezerro em melhores patamares.

“Produtores que apontaram a intenção em efetuar o segundo giro de confinamento adentram em um cenário de risco alto, porém com retornos mais significativos, haja visto que há prêmios remuneradores entre R$ 5 a R$ 20 sobre os referenciais futuros de agosto, setembro e outubro”, observa a IHS.

Por outro lado, continua a consultoria, há regiões em que o segundo giro de confinamento é viabilizado por conta de parcerias entre confinadores e frigoríficos, diluindo os custos e os riscos, configurando maior segurança na operação.

Aperto da entressafra – No mês de julho que se inicia nesta sexta-feira, os preços do boi gordo tendem a ganhar força, refletindo a escassez ainda maior de animais gordos, prontos para abate.

“As ofertas de animais terminados a pasto são raras no mercado, enquanto a disponibilidade de lotes provindos do primeiro giro de confinamento deve cair drasticamente a partir da terceira semana de julho”, projeta a IHS.

Assim, continua a consultoria, pode-se esperar novas altas na arroba em muitas das praças pecuárias brasileiras, porém, ainda sem fôlego para superar as máximas observadas neste ano de 2022.

Cotações máximas de machos e fêmeas desta quinta-feira, 30 de junho
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 277/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca R$ 285/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 292/@ (prazo)
vaca a R$ 282/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 292/@ (prazo)
vaca a R$ 282/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 292/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 265/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 272@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

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