Nesta sexta-feira, o mercado físico do boi gordo registrou estabilidade nas principais praças pecuárias do Brasil. Com a aproximação do feriado de Tiradentes, na próxima terça-feira, os frigoríficos reduziram os dias de abate, conseguindo preencher as suas escalas até o final da semana que vem, relata a Informa Economics FNP.
Assim, com a liquidez reduzida, ao longo desta semana, os preços do animal terminado se mantiveram firmes na maioria das praças pesquisadas pela consultoria, com alguns ajustes pontuais em algumas regiões.
O receio de que uma crise econômica se intensifique, por causa das medidas de isolamento social contra o avanço da Covid-19, tem ocasionado uma migração da demanda dos consumidores para proteínas mais baratas, como ovos, carne suína e frango. Além disso, o fechamento de estabelecimentos de food-service neste período de quarentena dificulta o escoamento de cortes bovinos, observa a FNP.
Exportações salvam
No entanto, o mercado de bovinocultura de corte brasileiro ainda conta com a força das exportações, reforçada pelo interesse cada vez maior pelo chamado “Boi-China” e pela desvalorização do real frente ao dólar, o que deixa o commodity brasileira bastante competitiva no mercado internacional.
“A atuação dos chineses nas compras dos cortes bovinos brasileiros deu suporte à firmeza dos preços da boiada gorda em praças que cumprem com os requisitos do mercado externo, o que injetou certa liquidez no mercado físico do boi gordo”, avalia a consultoria FNP.
Além da China, os frigoríficos que contam com unidades autorizadas para exportar se mostram confiantes com as notícias recentes da habilitação de plantas para outros destinos, como o Egito.
É o caso da indústria de São Paulo, que tem demostrando maior interesse pela compra de “gado exportação”, sobretudo nos padrões demandados dos importadores chineses (animal macho até 30 meses de idade, além de novilhas). Na praça paulista, o boi-China chegou a receber nesta semana um bônus de até R$ 15/@, valendo atualmente em torno de R$ 205/@, em comparação ao valor de balcão do animal convencional.
Confira as cotações desta sexta-feira, 17/4, de acordo com a FNP:
SP-Noroeste: R$ 200/@ a (prazo)
MS-Dourados: R$ 180/@ (à vista)
MS-C. Grande: R$ 182/@ (prazo)
MS-Três Lagoas: R$ 182/@ (prazo)
MT-Cáceres: R$ 182/@ (prazo)
MT-Tangará: R$ 180/@ (prazo)
MT-B. Garças: R$ 177/@ (prazo)
MT-Cuiabá: R$ 174/@ (à vista)
MT-Colíder: R$ 171/@ (à vista)
GO-Goiânia: R$ 185/@ (prazo)
GO-Sul: R$ 182/@ (prazo)
PR-Maringá: R$ 182/@ (à vista)
MG-Triângulo: R$ 190/@ (prazo)
MG-B.H.: R$ 182/@ (prazo)
BA-F. Santana: R$ 182/@ (à vista)
RS-P.Alegre: R$ 190/@ (à vista)
RS-Fronteira: R$ 187/@ (à vista)
PA-Marabá: R$ 183/@ (prazo)
PA-Redenção: R$ 179/@ (à vista)
PA-Paragominas: R$ 187/@ (prazo)
TO-Araguaína: R$ 180/@ (prazo)
TO-Gurupi: R$ 177/@ (à vista)
RO-Cacoal: R$ 169/@ (à vista)
RJ-Campos: R$ 183/@ (prazo)
MA-Açailândia: R$ 177/@ (à vista)