Boi gordo: Conjuntura reforça expectativa de novas altas nas cotações da arroba no curto prazo

Nesta sexta-feira, 28 de maio, foram observados novos avanços nos preços em diversas praças, como em SP, MT, BA, RO, RS e MS, segundo apurou a IHS Markit

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Ao longo desta semana, os preços do boi gordo registraram os seus primeiros movimentos mais consistentes de valorizações, tanto no mercado físico quanto nos contratos futuros negociados na B3, informam as consultorias do setor pecuário.

Nesta sexta-feira, 28 de maio, foram observados novos avanços na arroba em diversas praças, como em SP, MT, BA, RO, RS e MS, segundo apurou a IHS Markit.


“A oferta abaixo da média para o período de seca influencia diretamente nos movimentos de alta de preços da boiada gorda vistos durante a semana”, destaca a IHS.

Dados da Scot Consultoria indicam um valor de arroba em São Paulo ao redor de R$ 310/@, enquanto a vaca e a novilha são negociadas em R$ 287/@ e R$ 301/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).

Os negócios envolvendo lotes de bovinos com padrão exportação (abatidos mais jovens, até 30 meses de idade) são fechados em R$ 315/@ nas praças paulistas, acrescenta a Scot.

Segundo a IHS, as indústrias frigoríficas conseguiram, de maneira geral, compor as suas escalas de abate para a próxima semana.

No entanto, tudo indica que a tendência altista da arroba tende a continuar nos próximos dias, teoricamente um período de maior demanda interna pela carne bovina, por causa da entrada dos salários nas contas dos trabalhadores.

Reuniões familiares e entre amigos durante o feriado de Corpus Christi, na quinta-feira (3 de junho), também podem ocasionar uma melhoria no consumo da proteína, dizem os analistas.

Com escalas de abate um pouco mais apertadas, os frigoríficos devem intensificar a busca por boiadas gordas na próxima semana, sobretudo as indústrias habilitadas para exportação de carne bovina.

“Os exportadores brasileiros devem se beneficiar da suspensão das exportações argentinas de carne bovina”, relata a Scot Consultoria, referindo-se à decisão recente do governo portenho de proibir temporariamente (prazo de 30 dias) os próprios embarques, uma medida bastante polêmica e que visa conter a inflação local.

Porém, há relatos de grande dificuldade para a aquisição de animais terminados em todas as regiões de pecuária. A preferência por fêmeas segue forte, em função do leve desconto em relação aos valores dos machos, informa a IHS Markit.

Por sua vez, os pecuaristas optam por segurar enquanto podem os seus lotes de boiadas gordas, na tentativa de ganhos mais expressivos mais para frente.

Os preços atuais do boi gordo no mercado físico apresentam grande discrepância em relação às cotações registradas nos contratos futuros (B3) referentes ao segundo semestre (acima de R$ 340/@, base SP, considerando os três últimos meses de 2021).

“Há relatos de produtores que não aceitam vender os seus animais abaixo dos R$ 305/@, devido aos custos maiores pela alocação dos animais nos confinamentos”, observa a IHS.

Nesse cenário, as margens operacionais dos frigoríficos e varejistas estão cada vez mais pressionadas, acrescenta a consultoria.

“O fraco consumo doméstico não reagiu mesmo com a redução dos preços dos principais cortes bovinos, enquanto os pecuaristas não aceitam valores menores para a arroba bovina, exercendo grande pressão na cadeia pecuária”, destaca a IHS.

No mercado de exportações, as notícias seguem favoráveis aos vendedores brasileiros. A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) reconheceu Estados, cidades e municípios brasileiros como zonas livres de febre aftosa sem vacinação contra a febre aftosa.

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A partir dessa decisão, 20% do rebanho bovino brasileiro deixará de ser vacinado contra a doença.

“Este reconhecimento da OIE abre espaço no mercado internacional para a carne brasileira, que ganha competitividade”, ressalta a IHS.

Na terceira semana de maio, as exportações de carne bovina in natura ganharam fôlego, depois do recuo observado nas duas primeiras semanas do mês.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume embarcado no acumulado das três primeiras semanas de maio (15 dias úteis) alcançou 88,7 mil de toneladas, com média diária de 5,9 mil toneladas/dia, retração de 23,61% em relação à média de maio/20 e 7,17% inferior a segunda semana deste mês.

No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos, assim como do couro e sebo industrial, permaneceram estáveis nesta sexta-feira. Ao longo da semana, as varejistas relataram dificuldades para escoar a produção.

“O tímido consumo doméstico e a expectativa de manutenção desta demanda ao longo do final de semana não permitem maior procura por reposição de estoques”, relata a IHS.

Porém, como já mencionado neste texto, os frigoríficos e as distribuidoras já se preparam para algum avanço de consumo a partir da entrada do mês de junho, período de recebimento da massa salarial.

Cotações desta sexta-feira, 28 de maio, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 292/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 297/@ (à vista)
vaca a R$ 285@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 292/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 303/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca R$ 282/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 282/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 302/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 291@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 298@ (prazo)
vaca a R$ 2878/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 288/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 2901/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 286@ (à vista)
vaca a R$ 268/@ (à vista)

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