Na praça paulista, há relatos de frigoríficos negociando contratos a termo para lotes de boiadas com entrega em outubro a R$ 164/@, já se antecipando a maiores altas no mercado físico, destaca a Informa Economics FNP, consultoria paulista. O boi a termo é um modelo de contrato de travamento de preços; pode ser firmado na bolsa de mercadoria B3 ou por negócios diretos entre frigoríficos e pecuaristas.
Ao escolher o frigorífico como parceiro, o criador não precisa se preocupar com o pagamento de custos gerados em operações de proteção de preço (hedge) fechadas na bolsa de mercado B3, como os chamados “ajustes diários”, que é a diferença de valores (positiva ou negativa) que será paga ou recebida pelos investidores, situação que exige maior fluxo de caixa do investidor. Nessa operação, o pecuarista também não corre o risco de distorções no diferencial de base (diferença de preço entre São Paulo e a praça de origem dos animais), pois esse risco é assumido pelo frigorífico, que já fornece ao pecuarista o valor final que o será pago pelo seu lote vendido futuramente.
Dia a dia
Nesta quinta-feira, seguindo a tendência registrada desde o início desta semana, a baixa disponibilidade de animais prontos para abater seguiu dificultando um melhor andamento das negociações, o que implica encurtamento das escalas de abate entre a grande maioria das plantas frigoríficas espalhadas pelo Brasil, destaca a consultoria.
“Em algumas praças, os frigoríficos optaram por diminuir a sua programação de abate diário e redistribuir o gado nas escalas afim de reduzir a necessidade de entrar num cenário sob efeito de uma forte especulação altista”, acrescenta a consultoria.
A expectativa, porém, é de que haja uma retomada mais forte das atividades das plantas frigorífica nos próximos dias, estimuladas pela gradativa melhora do consumo doméstico, em conjunto com o firme fluxo das exportações brasileiras, prevê a FNP.