Boi gordo é só ladeira abaixo, com China ainda fora do mercado

Muitas unidades de abate espalhadas pelo Brasil continuam afastadas das compras de gado, informam as consultorias de mercado que acompanham diariamente o setor pecuário

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Além de dispor de uma programação de abate adequada às necessidades dos próximos dias, as indústrias frigoríficas estão preferindo adotar a posição de cautela, à espera de novidades em relação à retomada das vendas de carne bovina à China e também ao retorno mais efetivo do consumo doméstico, informou a IHS Markit nesta quinta-feira, 7 de outubro.

Neste contexto, o cenário em torno dos preços da arroba ainda gera espaço para manutenção da especulação baixista, acrescenta a consultoria.


Segundo apurou a Scot Consultoria, o consumo fraco de carne bovina no mercado interno e sem exportação em quantidade, o mercado paulista abriu esta quinta-feira com queda de R$ 3/@ na cotação do boi e de R$ 2/@ na cotação da vaca e da novilha gordas, na comparação diária.

Dessa maneira, o boi gordo está sendo negociado por 282/@, enquanto a vaca vale R$ 265/@ e novilha, R$ 282/@ (preços brutos e a prazo), informa a Scot.

De acordo a IHS, em muitos Estados brasileiros – sobretudo aqueles que têm uma maior representatividade das vendas externas em sua dinâmica de escoamento da proteína – os frigoríficos limitam ao máximo realizar novas compras de lotes de animais terminados.

“Em localidades do Centro-Sul do País, chega-se a não haver base para referência de preço balcão”, relata a consultoria.

Há também unidades de abate que já dispõem de escalas preenchidas até o final do mês, ressalta a IHS.

“A ponta vendedora virou refém de um cenário desanimador em termos de preços, ao menos no curtíssimo prazo”, enfatiza.

Há pecuaristas, continua a IHS, que afirmam já ter animais com mais de 140 dias no cocho e precisa “dar saída ao lote”.

“Os elevados custos com nutrição animal não permitem segurar os lotes quando esses atingem o peso ideal para abate”, diz.

Em alguns casos, outros pecuaristas entregam os animais antes mesmo de alcançarem esse ponto de engorda, devido à baixa disponibilidade e altos preços de alguns tipos de ração, acrescenta a IHS.

“O mercado passa a depender da resposta de um consumo interno mais consistente durante o último trimestre de 2021, bem como pela manutenção do bom desempenho das vendas externas”, observa a IHS.

No que tange às exportações da carne bovina brasileira, os resultados verificados em setembro foram mais que surpreendentes, visto que os processos de embarques não foram interrompidos.

Nos bastidores do mercado, diz a IHS, a expectativa é de que o embargo chinês deva ser retirado ainda nesta próxima sexta-feira, 8, com o término do feriado e redução dos estoques internos no país.

Na B3, os futuros do boi gordo ainda tiveram força para fechar a sessão de ontem em campo positivo, com exceção apenas do vencimento para outubro/21.

“De certa, os movimentos na bolsa brasileira remetem o sentimento que vigora no mercado físico, em que o setor alimenta chance de uma retomada das vendas de carne ao término de 2021”, relata a IHS.

A economia brasileira dá sinais de melhora e a demanda internacional segue intensamente forte na busca por abastecimento de seus mercados consumidores de proteína, acrescenta a IHS.

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Cotações máximas desta quinta-feira, 7 de outubro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 281/@ (à vista)
vaca a R$ 269/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 283/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 273/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 268/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca R$ 268/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 273/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 263/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 268/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 282/@ (à vista)
vaca a R$ 274/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 297/@ (à vista)
vaca a R$ 282/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 297/@ (à vista)
vaca a R$ 282/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 273/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 274/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 273/@ (prazo)
vaca a R$ 268/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 267/@ (à vista)
vaca a R$ 259/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (à vista)

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