Boi gordo: frigoríficos alongam as escalas de abate durante a semana, mas cotação segue firme, a R$ 315/@ em SP

Indústrias tiveram uma semana mais ativa em termos de aquisições na maioria das regiões, favorecidas pela oferta de gado de confinamento e pelas adversidades climáticas que atingem a região Centro-Sul do País

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O aumento da oferta de animais terminados ao longo da semana resultou no alongamento das escalas de abate dos frigoríficos brasileiros, situação que colocou os compradores em posição mais confortável no mercado de negociação de boiadas gordas, resultando em estabilidade nos preços da arroba na maioria absoluta das praças pecuárias.

Nas praças paulistas, as cotações do boi gordo, da vaca e da novilha ficaram estáveis no último dia da semana (16/7), na comparação diária, cotados em R$ 315/@, R$ 294/@ e R$ 308/@, respectivamente, (preços brutos e a prazo), apurou a Scot Consultoria.


Segundo a IHS Markit, as indústrias tiveram uma semana mais ativa em termos de aquisições de bovinos em grande parte das regiões brasileiras, em função sobretudo das adversidades climáticas que atingem a região Centro-Sul do País.

“As escalas de abate evoluíram de maneira bastante positiva no Norte, Nordeste e Sudeste, com algumas plantas conseguindo alcançar mais de dez dias de programação de abates”, informa a IHS.

No Sudeste e Centro-Oeste, a chegada dos primeiros lotes de confinamento foram antecipadas, por conta das geadas, facilitando a composição das escalas de abate nos frigoríficos da região, que já alcançam todo o mês de julho em algumas plantas do Estado de São Paulo, informa a IHS.

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No entanto, pondera a IHS, a elevação da oferta de boiadas gordas nessas regiões do País não foi suficiente para reduzir os preços cobrados pela arroba dos animais prontos para abater.

No Norte e Nordeste, também prevaleceu durante a semana o cenário de estabilidade na arroba.

A região Sul do País, principalmente no Rio Grande do Sul, apresenta atualmente grande dificuldade de escoamento da produção de carne bovina ao mercado internacional, por conta da escassez de contêineres, relata a IHS.

“Os frigoríficos do Sul do País enfrentam represamento de estoques de carne, situação que paralisa a procura por novas aquisições de gado pronto para o abate”, ressalta a IHS.

Porém, mesmo assim, os preços da arroba nas praças sulistas (que já são os mais caros do País) seguem firmes.

Na avaliação da IHS, o mercado brasileiro do boi gordo terminou a semana com liquidez extremamente baixa.

Este cenário, prevê a IHS, deve ser mantido até o final deste mês de julho, em função da maior dificuldade de escoamento da carne bovina no varejo, devido ao período de menor poder de compra da população brasileira – por causa do distanciamento do recebimento dos salários, no início de cada mês.

Do lado da ponta vendedora, os pecuaristas sofrem com os impactos das geadas nas lavouras de cana-de-açúcar, em função do aumento nos custos de nutrição dos animais confinados, informa IHS.

A silagem produzida a partir da cana era utilizada para evitar os altos valores da ração e da suplementação animal, observa a IHS.

Com este imprevisto, relata a consultoria, muitos confinadores foram obrigados a ofertar os seus animais, buscando evitar o emagrecimento do rebanho, o que traria prejuízos às fazendas.

Porém, os lotes não são ofertado por valores muito inferiores às máximas de mercado, visto que o custo já foi contratado por alguns meses de confinamento. Nesse cenário, os preços da arroba seguem lateralizados, ressalta a IHS.

Quanto ao mercado futuro, observa a IHS, as quedas nos contratos negociados na B3 ao longo da semana não mostram sinais de continuidade.

Hoje, os vencimentos para outubro e novembro deste ano valem R$ 322,65/@ e R$ 3260/@, respectivamente.

Em relações às vendas externas, os embarques de carne bovina in natura tiveram bom desempenho nos primeiros sete dias úteis de julho.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume embarcado alcançou 52,99 mil toneladas, com uma média diária de 7,57 mil toneladas/dia, avanço de 2,87% em relação à média de julho/20 e 13,3% superior à média diária do junho/21.

No mercado atacadista brasileiro, os preços dos cortes dianteiros e ponta de agulha registraram desvalorização de R$ 0,50/Kg, enquanto os cortes traseiros, assim como o couro e sebo industrial, permaneceram estáveis.

A procura por reposição ainda decepciona e não reage mesmo com a chegada do final de semana.

Em relação ao varejo, o setor espera consumo irregular para a segunda quinzena do mês, gerando instabilidade e tendência de baixa nos preços dos cortes bovinos.

Cotações máximas desta sexta-feira, 16 de julho, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 311/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 309/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 306/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 289/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca R$ 292/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 308/@ (prazo)
vaca a R$ 294/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 284/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 340/@ (à vista)
vaca a R$ 330/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 340/@ (à vista)
vaca a R$ 330/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 287/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 298/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 284/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 288/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (à vista)

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