Boi gordo: Indústrias frigoríficas forçam queda da arroba, mas não têm sucesso na estratégia

Cotações seguem firmes em todas as praças pecuárias brasileiras, refletindo a baixa oferta de boiadas gordas neste período de entressafra

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Nesta sexta-feira, 2 de julho, as cotações da boiada gorda registraram novamente estabilidade na maioria das regiões brasileiras, segundo informam as consultorias que acompanham diariamente o mercado pecuário.

“Apesar dos preços estáveis, algumas indústrias frigoríficas testaram valores menores, com poucos negócios concretizados”, relata a Scot Consultoria.


Com isso, nas praças paulistas, o boi, vaca e novilha gordos fecharam a semana valendo R$ 317/@, R$ 294/@ e R$ 310, respectivamente (preços brutos e a prazo).

Bovinos destinados à exportação (abatidos mais jovens, com idade até 30 meses) estão sendo fechados em até R$ 320/@, à vista.

Na avaliação da IHS Markit, a expectativa do setor quanto a preços mais firmes da carne bovina e a maior facilidade de escoamento da proteína no atacado/varejo (devido ao pagamento dos salários, o que melhora o poder de compra do brasileiro) estimulam uma ação mais efetiva dos frigoríficos para a composição de suas escalas de abate.

“Porém, a aquisição de bovinos para abate, apesar da mais ativa, ainda é feita com cautela, para não prejudicar as margens operacionais das plantas”, observa a IHS, acrescentando que “existe a possibilidade de um volume maior de negociações na próxima semana caso as indústrias consigam efetuar repasses de preços ao consumidor final”.

No Sudeste, especialmente em São Paulo, as negociações do boi gordo ganharam um pouco de força, apesar da restrição na oferta de boiadas. Grande parte dos bovinos oferecidos é proveniente dos confinamentos, “logo enfrentam custos de nutrição maiores”, relata a IHS.

Sendo assim, a oferta desses animais ocorre somente mediante a pagamentos em prazos mais curtos ou por meio de bonificações, geralmente relacionados aos frigoríficos exportadores, acrescenta a consultoria.

Em relação às vendas externas, as exportações de carne bovina in natura tiveram desempenho mais acentuado no mês passado. Os embarques alcançaram 140,3 mil de toneladas, volume 10,7% superior ao resultado de maio/21, mas 7,6% abaixo do registrado em igual mês de 2020, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

No entanto, no mês passado, a receita obtida com as exportações avançou 11,3%, para US$ 727,02 milhões, na comparação com o faturamento registrado em junho de 2020.

Milho futuro sobe – As recentes geadas que atingem a região Sul e partes do Sudeste e Centro-Oeste prejudicaram as lavouras de milho safrinha, alavancando as cotações futuras do cereal na B3, consequentemente, gerando impactos negativos na composição dos custos de nutrição dos confinadores.

“Tal fato gera ainda mais preocupação em relação às margens dos pecuaristas”, destaca a IHS.

No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos, assim como do couro e sebo industrial, permaneceram estáveis.

Segundo a IHS, a procura por reposição de estoques registrou maior relevância nos últimos dias.

“O setor apresenta grande expectativa com a eventual retomada do consumo de carne bovina neste final de semana, em função do recebimento da massa salarial”, enfatiza a consultoria.

Existe a possibilidade de novos repasses de preços à proteína ao longo dos próximos dias, caso a demanda exceda a oferta, situação que é esperada pelo setor, que segue trabalhando com a produção reduzida devido a menor oferta de gado, acrescenta a IHS.

Cotações máximas desta sexta-feira, 2 de julho, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 322/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 311/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 311/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 297/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 308/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 307/@ (à vista)
vaca a R$ 297/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 294/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca R$ 296/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 293/@ (à vista)
vaca a R$ 282/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 335/@ (à vista)
vaca a R$ 326/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 335/@ (à vista)
vaca a R$ 326/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 294/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 289/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 298/@ (à vista)
vaca a R$ 287/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 292/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 288/@ (à vista)
vaca a R$ 267/@ (à vista)

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