Boi gordo: Junho começa com tombos nos preços da arroba, sobretudo no Centro-Oeste

Maior desova de animais terminados a pasto e, ao mesmo tempo, um certo conforto nas escalas de abate continuam pressionado as cotações; em SP, valor da arroba fica abaixo dos R$ 300, segundo a Scot Consultoria

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Os pecuaristas iniciaram junho de olho no comportamento do mercado do boi gordo. O cenário, segundo apuração das consultorias, não é nada satisfatório para fornecedores de boiadas gordas, que viram, nesta quarta-feira (1/6), os preços do macho e demais categorias terminadas (vaca e novilha) apontados para baixo em algumas das principais praças brasileiras, sobretudo nas regiões do Centro-Oeste.

A IHS Markit detectou quedas generalizadas na arroba do boi gordo nesta quarta-feira, motivadas pelo maior desequilíbrio entre oferta e demanda no mercado físico.


“Foi observado uma maior ocorrência de oferta de animais terminados no Mato Grosso, o que resultou em recuos nos preços em todas as praças acompanhadas no Estado”, relata a IHS.

Dados apurados pela Scot Consultoria nesta quarta-feira mostram desvalorizações diárias nas praças do Sudoeste do Mato Grosso e também no Estado de São Paulo.

No MT, os compradores, sem ímpeto nas negociações, reduziram o preço pago pela arroba do boi gordo em R$ 3 e das fêmeas em R$ 1 no comparativo com o dia anterior, informa a Scot.

Dessa maneira, o boi, vaca e novilha são negociados na região por, respectivamente, R$ 275/@, R$ 255/@ e R$ 262/@ (preços brutos e a prazo).

Nas praças do interior de São Paulo, segundo os dados da Scot, os frigoríficos seguem comprando de maneira cadenciada, frente ao alongamento das escalas de abate.

Assim, no comparativo diário, também houve queda de R$ 3/@ no preço do boi gordo paulista, agora cotado em R$ 299/@ (no prazo, valor bruto), informa a Scot.

Por sua vez, os preços da vaca e da novilha gordas ficaram estáveis no mercado de São Paulo, em R$ 272/@ e R$ 292/@, respectivamente (valores brutos e a prazo).

A referência para o boi-China (abatido mais jovem, geralmente com idade abaixo dos 30 meses) continua em torno de R$ 305/@ no mercado paulista.

Na avaliação da IHS, o mercado brasileiro passa pelo período sazonal de final de safra, antes da fase mais crítica da estiagem, o que força a venda de animais terminados a pasto, sobretudo de lotes excedentes de vacas e novilhas.

“Algumas categorias de fêmeas, sobretudo vacas, são destinadas ao mercado doméstico, já que não alcançam o padrão estabelecido pelos importadores”, relata a IHS.

No entanto, a compra de vacas no mercado brasileiro segue bastante lenta, já que a demanda doméstica pela carne bovina continua patinando, um reflexo dos altos preços dos cortes bovinos e, ao mesmo tempo, do forte avanço da inflação no País.

Dessa maneira, continuam os analistas da IHS, as indústrias brasileiras operam de maneira limitada nas compras de boiadas, reforçando o viés de baixa da arroba registrado durante boa parte do mês de maio.

Levantamento da IHS mostra que, no Centro-Oeste do País, as escalas de abate das indústrias permanecem elevadas, com volumes que já atendem até meados de junho.

No Sudeste, sobretudo nas indústrias paulistas, as escalas já avançam além do dia 20 de junho e as operações de compra de gado seguem paralisadas diante da forte volatilidade nos preços locais, acrescenta a IHS.

No mercado atacadista de carne bovina, observa a IHS, não há grandes expectativas para um reaquecimento das vendas nos próximos dias, embora o período seja de recebimento dos salários – teoricamente, mais dinheiro no bolso dos trabalhadores significa maior presença de bandejas com cortes de proteína vermelha dentro dos carrinhos dos supermercados.

Os players da cadeia de distribuição, atacado e do varejo operam com estoques elevados e evitam atuar com sobras de mercadorias nos entrepostos, sobretudo de cortes de traseiros, que têm preços mais altos (em relação aos cortes do dianteiro) e, por isso, sofrem maior dificuldade no processo de escoamento aos consumidores finais, relata a IHS.

Cotações máximas de machos e fêmeas desta quarta-feira, 1 de junho
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca R$ 265/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 265/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 260/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 262/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 260/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 272@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)

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