Nesta segunda-feira, 2 de maio, a necessidade de compra de boiada gorda por parte de algumas unidades frigoríficas brasileiras permitiu repiques de alta nos preços da arroba em algumas regiões do País, informa a consultoria IHS Markit.
“A estratégia dos compradores visa cobrir algumas lacunas nas programação de abate desta semana e, com isso, avançar até meados da próxima semana”, relata a IHS.
A maior firmeza dos preços da arroba em algumas praças também foi resultado da presença um pouco mais ativa de alguns frigoríficos exportadores, dizem os analistas.
Além disso, no mercado interno, o setor vive a expectativa de certa recuperação no consumo de carne bovina, devido às comemorações do Dia das Mães, em 8 de maio, quando teoricamente há uma procura maior pela proteína.
Os preços do boi gordo subiram nesta segunda-feira sobretudo nas praças do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde os valores da arroba registraram acréscimo diário de R$ 3/@ a 5/@, de acordo com a apuração da IHS Markit (veja ao fim desta página as cotações máximas dos machos e fêmeas apuradas pela consultoria).
Dados da Scot Consultoria apontam estabilidade nas cotações do boi gordo e demais categorias de abate nas praças do interior de São Paulo.
Com isso, a referência para o boi gordo paulista segue em R$ 315/@, enquanto a vaca e novilha gordas continuam valendo, respectivamente, R$ 279/@ e R$ 312/@ (preços brutos e a prazo).
O ágio para bovinos destinados ao mercado da China (abatidos mais jovens, geralmente abaixo dos 30 meses de idade) gira hoje em torno de R$ 10/@, informa a Scot.
Apesar das oscilações de preços em algumas regiões, no geral, o mercado do boi gordo continuou pautado pela baixa liquidez nos negócios nesta primeira segunda-feira de maio, com boa parte das indústrias programando o retorno aos balcões de compra de boiadas a partir da terça ou quarta desta semana.
Na avaliação da IHS, de certa forma, os preços da arroba ainda não sinalizam um movimento de alta mais consistente, já as indústrias frigoríficas optaram pela cautela no ritmo de aquisição de gado, devido às incertezas em relação às recentes medidas de restrição à carne brasileira impostas pelo governo chinês.
No final de abril, o país asiático suspendeu, temporariamente (por uma semana), as importações de carne bovina de uma unidade da JBS, em Barra do Garças, e uma outra planta da Marfrig, em Tangará da Serra, ambas no Mato Grosso.
“A falta de critério das medidas chinesas é que incomoda e preocupa o setor como um todo”, observam os analistas da IHS, lembrando que os exportadores brasileiros possuem uma dependência muito grande do mercado da China (que recebe mais da metade do volume embarcado anualmente pelo Brasil).
Dessa forma, reforça a consultoria, a cadeia brasileira da carne segue bastante preocupada com o posicionamento chinês.
No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos não apresentaram variações nesta segunda-feira.
Porém, segundo levantamento da IHS, o ritmo das vendas de cortes de carne bovina segue aparentemente consistente, a ponto de garantir firmeza aos valores negociados no atacado.
“Com uma produção bem equalizada à demanda vigente, devido ao abate cadenciado das indústrias frigoríficas, as expectativas são de que haja um pequeno espaço para testar reajuste nos preços dos cortes bovinos”, prevê a IHS, acrescentando que altas nos valores das carnes concorrentes, sobretudo do frango, devem favorecer um quadro de suporte aos preços da carne vermelha nesta primeira quinzena de maio.
Cotações máximas de machos e fêmeas desta segunda-feira, 2 de maio
(Fonte: IHS Markit)
SP-Noroeste:
boi a R$ 327/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 287/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 287/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca R$ 275/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 335/@ (à vista)
vaca a R$ 305/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 335/@ (à vista)
vaca a R$ 305/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 263/@ (à vista)
vaca a R$ 253/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)
