Os negócios no mercado brasileiro do boi gordo continuam em ritmo de conta-gotas, um reflexo do baixo escoamento da carne bovina no mercado doméstico e da enorme escassez de oferta de animais terminados.
Com isso, os preços da arroba seguem inalterados nas principais praças pecuárias, mantidos em patamares elevados.
Nas praças de São Paulo, os preços das três categorias destinadas ao abate ficaram estáveis nesta quinta-feira, 24 de junho, na comparação diária.
O boi, a vaca e novilha são negociados, respectivamente, em R$ 317/@, R$ 294/@ e R$ 310/@ (valores brutos e a prazo), segundo dados da Scot Consultoria.
Os animais destinados à exportação (abatidos mais jovens, com até quatro dentes) valem em torno de R$ 320/@, preço bruto e à vista.
Segundo a IHS Markit, o mercado apresenta atualmente um volume de negócios muito abaixo da média para o período, apesar das unidades de abate operarem com níveis mínimos da capacidade instalada.
A retração do consumo interno na segunda quinzena do mês e a forte restrição de oferta de animais são os principais motivos para essa morosidade.
Há relatos de indústrias que decidiram pular alguns dias de abate, informa a IHS, que alerta para a situação complicada vivenciada sobretudo pelos abatedouros que atendem exclusivamente ao mercado interno.
O consumo doméstico de carne bovina não apresenta consistência e regularidade desde o início da crise econômica no País, situação que vem prejudicando drasticamente as margens dos frigoríficos, alertam os analistas.
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Muitas indústrias tentam driblar os altos custos operacionais optando pela compra de vacas gordas.
Porém, observa a IHS, até as fêmeas são negociadas atualmente a preços bastante elevados – em São Paulo, recebe um valor máximo na negociação com frigoríficos em torno de R$ 300/@, a prazo, de acordo com dados levantados pela consultoria.
Nesse cenário, o setor pecuário se encontra em compasso de espera.
“Enquanto não ocorrer uma reação mais consistente do consumo doméstico, essa baixa liquidez do mercado persistirá”, aposta a IHS Markit.
No mercado atacadista, a carcaça de vaca casada apresentou redução de R$ 0,30/Kg nesta quinta-feira, enquanto os preços dos demais cortes bovinos permaneceram estáveis, informa a IHS.
A demanda pela proteína bovina segue bastante fraca e irregular, apesar das recentes quedas de preços dos cortes, ressalta a consultoria.
Cotações máximas desta quinta-feira, 24 de junho, segundo dados da IHS Markit:
SP-Noroeste:
boi a R$ 322/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 309/@ (à vista)
vaca a R$ 290@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 311/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 308/@ (prazo)
vaca a R$ 297/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 294/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 308/@ (à vista)
vaca a R$ 294/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 293/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca R$ 291/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 308/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 292/@ (à vista)
vaca a R$ 282/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 331/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 331/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 294/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 298@ (prazo)
vaca a R$ 289/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 287/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 294/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 292@ (à vista)
vaca a R$ 268/@ (à vista)