No Mato Grosso, a liberação de sete novas unidades frigoríficas do Estado para exportação de carne bovina à China aguçou o apetite comprador das indústrias, estimulando aumentos nos preços do boi gordo em todas as praças regionais, relata nesta tarde de quarta-feira a Informa Economics FNP.
“Essa tendência de alta deve se manter no curtíssimo prazo, ainda mais porque as indústrias não contam com escalas tão longas, chegando ao máximo de dez dias e com registro de lacunas”, informa a consultoria paulista.
Na região de Cáceres, MT, atualmente, o boi gordo é negociado a R$ 144/@, a prazo (30 dias), valor livre de Funrural.
Boi gordo: Preços reagem em meio a demanda chinesa
O mercado do boi gordo opera nesta quarta-feira em alta, influenciada sobretudo pela necessidade dos frigoríficos em alongar as programações de abate, informa o analista Guilherme Guimarães, da INTL FCStone, de Campinas, SP.
“Detectamos um movimento mais dinâmico das indústrias em busca de matéria-prima (boi gordo), puxado principalmente pelo aumento de demanda da China”, relata Guimarães, referindo-se ao processo recente de habilitação de nova plantas brasileiras para exportação ao país asiático.
Ontem (10/set), o indicador Esalq/B3/Cepea fechou em R$ 158,10/@, com alta de 1,5% em relação ao dia anterior.
Segundo informa a consultoria Agrifatto, na bolsa de mercadorias B3, o contrato com entrega para outubro encerrou a R$ 161,55/@, praticamente estável na comparação com o fechamento anterior. Por sua vez, o contrato com vencimento em novembro fechou a R$ 164,15/@, maior valor desde 25 de junho.
Pecuaristas aproveitam para vender lotes do 1º giro de confinamento
Com a habilitação de 17 novas plantas brasileiras de exportação de carne bovina ao mercado da
China, os pecuaristas viram “a oportunidade perfeita” para começar a comercializar os últimos lotes de animais do primeiro giro de confinamento e se preparar para o segundo giro”, segundo apurou a consultoria Informa Economics FNP.
“Tal lacuna entre dos dois giros deixou um quadro de oferta bem ajustado, colaborando para firmeza dos preços da arroba”, relata a FNP.
Para se proteger melhor da alavancada do preço da matéria prima, alguns frigoríficos efetivaram o fechamento de contratos antecipados para entrega de gado ao final do mês com valores acima dos patamares atuais, informa a consultoria.
Em São Paulo, continua a FNP, houve uma atuação mais ativa da ponta compradora na compra de lotes do final do primeiro confinamento para o meio da próxima semana. “A maior ocorrência de negócios só foi possível por meio da fixação a preços mais elevados”, ressalta.
Na região Noroeste do Estado de São Paulo, o preço do boi gordo é vendido hoje a R$ 161/@ a prazo (30 dias), livre de Funrural, de acordo com levantamento da FNP. A vaca gorda vale R$ 145/@, também a prazo.