Boi gordo volta a subir com necessidade da indústria em preencher escalas de abate

Movimento de alta nas cotações foi registrado em praças importantes do País; em São Paulo, arroba gira entre R$ 315 e R$ 320

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Nesta terça-feira, 6 de abril, os preços do boi gordo voltaram a subir em algumas importantes regiões de pecuária do Brasil, como nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará, segundo dados levantados pelas consultorias que acompanham diariamente os negócios no setor.

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Na praça paulista, informa a Scot Consultoria, os valores do boi gordo e a vaca gorda subiram R$ 2/@ na comparação com as cotações da segunda-feira, para R$ 315/@ e R$ 287/@, respectivamente (preços brutos e à vista).

Os negócios envolvendo a novilha gorda tiveram aumento diário de R$ 1/@, para R$ 303/@, nas mesmas condições de pagamento (confira abaixo os preços para fêmeas e machos nas principais praças pecuárias do País).

Os analistas de mercado dizem que os novos reajustes na arroba do boi gordo são reflexo das escalas de abate enxutas e incompletas, que atendem, em média, quatro dias, levando os compradores a abrirem o dia ofertando valores mais altos para as três categorias destinadas ao gancho.

Os problemas de apagão na oferta de boiadas gordas, associados à dificuldade em repassar o aumento dos custos ao restante da cadeia (atacado/varejo), têm levado os frigoríficos a fecharam as portas de seus abatedouros.

Por sua vez, as unidades que permanecem no mercado continuam conseguindo completar as suas programações de abate apenas mediante ao pagamento de valores mais elevados.

Para piorar a vida da indústria, os pecuaristas que ainda têm bons pastos nas fazendas optam em segurar o seu gado gordo dentro da porteira, à espera de preços ainda melhores.

Pecuaristas que ainda têm bons pastos optam em segurar o boi gordo (Foto: Eiti Kimura/CCommon)

Confinamento à vista – Segundo a IHS, atualmente, muitos produtores começam a pensar no planejamento de confinamento para o segundo semestre deste ano.

No entanto, observa a consultoria, não há perspectivas para um número maior de animais confinados em 2021 frente ao resultado de 2020, devido aos custos de produção extremamente inflacionados, que não foram acompanhados pelo valor recebido pela arroba do boi gordo.

Por sua vez, continua a IHS, os frigoríficos têm optado em negociar contratos de exclusividade com ‘boitéis’ e grandes confinadores, para garantir a oferta de carne aos consumidores no segundo semestre, quando espera-se uma recuperação da demanda interna pela carne bovina, atualmente praticamente estagnada.

Mercado internacional – A demanda pela carne bovina no mundo apresenta condições extremamente favoráveis. Na avaliação da IHS, o dólar segue valorizado em relação ao real e, mesmo com a tendência de alta da taxa de juros (Selic), não aparenta oferecer níveis próximos aos últimos anos, por conta das questões fiscais.

Outros fatores que oferecem razões ao momento atual dos embarques da proteína brasileira são os crescentes casos de peste suína nos países asiáticos e alguns casos de gripe aviária na Rússia e Europa, destaca a IHS.

Em março, o Brasil exportou 133,82 mil toneladas de carne bovina in natura, com faturamento de US$ 617,22 milhões. A média diária embarcada foi de 5,81 mil toneladas e a cotação média foi de US$ 4.612,30, desempenhos 1,7% e 5% maiores em relação a março de 2020.

Já no mercado atacadista, como de costume, a primeira semana do mês é período de procura maior dos distribuidores por cortes para recompor de estoques, visando o recebimento de salários e a primeira parcela do auxílio emergencial.

“Mesmo com a maior demanda ao longo do feriado, as buscas de reposição de estoque continuam abaixo das expectativas do setor”, pondera a IHS. Nesta terça-feira, porém, foi observado aumento de preço dos cortes de ponta de agulha e da vaca casada, além do sebo, acrescenta a consultoria.

Cotações desta terça-feira (6/4), segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 303/@ (prazo)
vaca a R$ 291/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 301/@ (prazo)
vaca a R$ 287/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 291/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 283/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca R$ 290/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 313/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 291/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 279/@ (à vista)
vaca a R$ 272/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 293@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 289/@ (à vista)
vaca a R$ 273/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 279/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 278/@ (à vista)
vaca a R$ 258/@ (à vista)

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