O Indicador Esalq do boi gordo voltou a subir na praça de São Paulo, fechando o primeiro dia da semana valendo R$ 151,90 (preço à vista), o que representou valorização diária de 1,5% sobre o fechamento de sexta-feira (R$ 149,70), segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
No acumulado do mês, o preço atual do boi em São Paulo registra variação negativa de quase 1%, em relação ao valor de R$ 153,30 do fechamento de janeiro.
Segundo apurou a Scot Consultoria, de Bebedouro, a última semana de fevereiro começou com pouco volume de negócios no mercado do boi gordo. “Mesmo com menos um dia útil na próxima semana em função do feriado de Carnaval, os frigoríficos ainda não intensificaram as compras”, relata.
Existe a expectativa de que a indústria aumente um pouco a sua procura pela matéria-prima para garantir as suas escalas de abate durante o feriado de festas no país.
No entanto, na visão dos analistas da Scot, para que o mercado do boi gordo saia de “cima do muro”, é preciso que o consumo interno de carne melhore, pois, sozinha, a baixa disponibilidade de gado terminado não tem sido suficiente para sustentar a cotação da arroba em patamares mais altos que os atuais.
De acordo com o boletim diário da Informa Economics FNP, de São Paulo, a relativa restrição de oferta de gado gordo, juntamente com a possível ligeira recuperação do consumo interno nos próximos dias, pode resultar em maior sustentação nas cotações das principais regiões produtoras, dissipando a pressão baixista observada na etapa final de fevereiro.