A participação dos boiteis no total de bovinos de corte confinados no País atingiu 25% em 2021. O percentual foi apresentado pelo zootecnista Marcos Baruselli, gerente de categoria Confinamento da DSM, durante encontro presencial e virtual com jornalistas promovido pela multinacional de origem holandesa nesta quarta-feira, 8, em São Paulo.
De acordo com os dados da sétima edição do Censo DSM de Confinamento, a engorda no cocho envolveu 6,5 milhões de cabeças este ano, registrando um crescimento de 2% em relação a 2020; deste volume, os boiteis receberam e terminaram 1,625 milhão de bovinos.
“O primeiro giro respondeu por 35% e o segundo giro, 65% da quantidade total de bovinos confinados, etapa que passou pelos maiores impactos relacionados aos casos atípicos de vaca louca e o embargo chinês”, destacou Baruselli.
Já para 2022, o gerente técnico nacional de Confinamento da DSM Hugo Cunha, acredita que os custos de produção para confinar deverão estar mais “controlados” em 2022, o que poderá incentivar a engorda intensiva. “A previsão é que o clima estará favorável para a produção de grãos e a reposição menos inflacionada”, afirmou.
Sergio Schuler, vice-presidente do negócio de Ruminantes da DSM para a América Latina, ressaltou que, apesar da elevação dos custos produtivos e dos sustos do último trimestre, o mercado pecuário brasileiro continua forte.
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“Em um ano desafiador, a produtividade e a adoção de tecnologias cresceu em todos os ciclos, tendo em vista uma pecuária cada vez mais sustentável no futuro”, disse o executivo, que atualmente preside a Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável (GTPS).
As expectativas da empresa para a pecuária de corte no ano que vem destacam a atividade de cria em evidência, o pecuarista colhendo os frutos da implementação de tecnologias e os preços da arroba do boi gordo firmes devido a fatores relacionados à oferta de animais.