Diante da baixa disponibilidade doméstica e da retração de sojicultores – que não têm interesse em negociar o grão remanescente da safra 2019/20 –, consumidores brasileiros precisaram buscar novos lotes da oleaginosa no mercado externo. A informação é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).
Assim, mesmo em um ano de produção recorde, o volume de soja importado pelo Brasil em 2020 (de janeiro a outubro) é o maior em 17 anos. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, e a série histórica do Agrostat, do Ministério da Agricultura (Mapa), o volume de soja importado pelo Brasil somou 625,5 mil toneladas entre janeiro e outubro de 2020. Para efeito de comparação, em 2003 o País havia comprado 1,15 milhão de toneladas no mesmo período, o maior volume da série histórica do Agrostat.
Quanto aos preços, seguem em alta no Brasil. O Indicador Esalq/BM&FBovespa Paranaguá (PR) avançou 3,8% na parcial de novembro, a R$ 169,76 a saca na sexta-feira (6/11). O Indicador Cepea/Esalq Paraná teve elevação de 1,6% no mesmo comparativo, a R$ 168,72 a saca de 60 kg na sexta-feira.