As exportações de café do Brasil somaram em fevereiro 3,3 milhões de sacas, aumento de 9% em relação a igual período de 2020, informou nesta terça-feira (9/3) o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Em faturamento, o avanço foi de 4,7%, para US$ 423,7 milhões. Os embarques consideram a soma de café verde, solúvel, e torrado e moído. O preço médio da saca foi de US$ 129,19 no período. Segundo o Cecafé, também na conversão dos valores em reais houve avanço, neste caso de 30,6%, para R$ 2,3 bilhões.
As exportações de café verde (arábica e conilon) somaram 3 milhões de sacas, ou 11,2% mais ante fevereiro de 2020. O arábica representou 81,9% do volume total exportado em fevereiro e o conilon, 9,5%. Já o café solúvel representou 8,5% dos embarques totais no mês passado. “Tanto o café arábica quanto o conilon tiveram aumento nos volumes exportados, de 8,5% e 42,7%, respectivamente, quando comparado a fevereiro de 2020”, cita o Cecafé.
Já em relação ao ano-safra 2020/21, que se iniciou em julho de 2020 – ou seja, com oito meses já percorridos deste ciclo -, o Brasil exportou 31,6 milhões de sacas de café, “o melhor resultado para o período dos últimos cinco anos”, destaca o Cecafé, avanço de 18% na mesma base comparativa da safra anterior. Já a receita cambial em oito meses de safra atingiu US$ 3,9 bilhões, aumento de 15% em relação a igual período do ano-safra 2019/20.
De acordo com o Cecafé, as exportações de café verde no ano-safra até agora apresentaram aumento de 20%, com 28,9 milhões de sacas, sendo que os embarques de café arábica registraram crescimento de 19,9% (chegando a 25,6 milhões de sacas), enquanto que os embarques de conilon tiveram alta de 21% (totalizando 3,3 milhões de sacas). Conforme o presidente do Cecafé, Nicolas Rueda, analisando-se os números do ano-safra 2020/21, há “potencial para novo recorde no encerramento do ciclo”.
Em relação ao primeiro bimestre do ano, as exportações acumuladas somam 6,9 milhões de sacas, crescimento de 6% ante janeiro/fevereiro de 2020. As exportações de café verde apresentaram alta de 8,1%, atingindo 6,3 milhões de sacas, sendo que os embarques de café arábica (5,8 milhões de sacas) cresceram 6,7% e os de conilon (553,8 mil sacas), 25,1%. A receita cambial gerada no período foi de US$ 889,7 milhões, aumento de 1,3%, e o preço médio foi de US$ 129,46.
Ao contrário de várias outras commodities agrícolas brasileiras que têm a China como principal destino, no caso do café brasileiro o principal comprador são os Estados Unidos, que adquiriram, entre janeiro e fevereiro, 1,3 milhão de sacas, volume que representa 19,4% do total exportado pelo Brasil no período.
A Alemanha, segundo maior consumidor, importou 1,2 milhão de sacas, equivalente a 17,8% de participação nos embarques. Na sequência, os países que mais importaram o produto foram a Bélgica, com 561,8 mil sacas (8,2%); Itália, com 514,2 mil (7,5%); Japão, com 350 mil (5,1%); Colômbia, com 240 mil (3,5%); Federação Russa, com 192,2 mil (2,8%); França, com 167,7 mil (2,4); Turquia, com 155,1 mil (2,3%); e Canadá, com 130,6 mil (1,9%).
