A notícia chegou na tarde desta sexta-feira (21) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) e o Serviço de Inspeção e Inocuidade Alimentar (FSIS) informaram as autoridades brasileiras de que o seu mercado está aberto à carne bovina in natura.
Em seu Twitter, a ministra Tereza Cristina escreveu “boa notícia: reabertura do mercado dos EUA para a carne bovina in natura do Brasil. Mais um bom resultado para a nossa economia.”
Boa notícia: reabertura do mercado dos EUA para carne bovina in natura do Brasil. Mais um bom resultado para nossa economia. Reconhecimento da qualidade do produto brasileiro. 🇧🇷 Parabéns, presidente @jairbolsonaro. #agro pic.twitter.com/aJZ0IQUMUG
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— Tereza Cristina (@TerezaCrisMS) February 21, 2020
De acordo com o Mapa, o Brasil poderá começar a enviar carne bovina in natura derivados de animais abatidos a partir de hoje. O FSIS comunicou que decisão se deu porque o Brasil corrigiu os problemas sistêmicos que levaram à suspensão. Além disso, o FSIS encerrará os casos pendentes de violação de pontos de entrada associado à suspensão de 2017. “É uma ótima notícia, porque isso traz o reconhecimento da qualidade da carne brasileira por um mercado tão importante como o americano”, disse a ministra Tereza Cristina.
O atual mercado americano para a carne brasileira é apenas para produtos industrializados. No ano passado, o Brasil exportou aos Estados Unidos 38,7 mil toneladas de produtos, por US$ 317,9 milhões.
Para a carne in natura, a partir de agora, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa (Dipoa) deve enviar uma lista atualizada de estabelecimentos elegíveis certificados.
ENTENDA ESSA HISTÓRIA
O Brasil exportava aos Estados Unidos apenas carne bovina processada.
Em junho de 2015, após 15 anos de restrição à carne bovina in natura brasileira por questões sanitárias, os Estados Unidos abriu seu mercado
Em 2016, o Brasil exportou carne bovina aos Estados Unidos pelo valor de US$ 284 milhões, dos quais US$ 3,3 milhões foram in natura
Em 2017, os Estados Unidos suspenderam a compra da carne bovina in natura brasileira, por causa de abcessos provocados pela vacina contra a febre aftosa
Em março de 2019, o governo brasileiro convenceu os americanos a realizar uma inspeção para reavaliar os frigoríficos locais
Em novembro de 2019, os Estados Unidos mantiveram o veto à carne bovina do Brasil depois de uma missão veterinária americana ao País
A mais recente missão de inspeção de frigoríficos aconteceu no mês passado