A cadeia citrícola brasileira contribuiu com a criação de 39.297 postos de trabalho formais entre janeiro e agosto de 2019, ou 6,6% das 593.467 vagas de emprego criadas no Brasil no período, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Os dados foram compilados pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). Em agosto, foram criadas 121.387 vagas no País, o melhor resultado para meses de agosto desde 2013.
A citricultura contribuiu com 3% dos empregos, com um saldo de 3.712 trabalhadores. “Estamos num ano de safra grande e toda colheita é manual. Esse tipo de dado mostra a importância do setor para o desenvolvimento do interior de São Paulo”, explica o diretor executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.
Em julho e agosto, dois primeiros meses da safra 2019/2020, o setor admitiu 9.436 trabalhadores. Os municípios que lideraram a geração de empregos na citricultura foram os paulistas de Bebedouro (809 vagas), Colômbia (478), Tabatinga (451) e Santa Cruz do Rio Pardo (378).
Segundo estimativa do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a colheita da fruta somará 388,4 milhões de caixas (de 40,8 quilos) em São Paulo (361,3 milhões) e no Triângulo Mineiro (27,1 milhões), 36% superior à safra 2018/2019. Essa alta na oferta da fruta é a responsável pelo aumento no emprego no setor.
“A safra acontece entre os meses de junho e dezembro e, como estamos no pico da colheita, é natural que as contrações acompanhem a safra”, diz Netto.