O preço da saca de café negociada no mercado físico brasileiro registrou forte alta no final de maio, voltando ao patamar dos R$ 400 a saca. Na terça-feira, 4, o indicador Cepea/Esalq do café tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 427,58/saca de 60 quilosalta de 6,6% em relação à terça anterior,e o maior patamar desde 11 de fevereiro deste ano, em termos reais (IGP-DI de abril/19).
“Esse movimento esteve atrelado à expressiva elevação dos futuros da variedade na Bolsa de Nova York (ICE Futures), devido a movimentos técnicos, à desvalorização do dólar frente ao Real e a preocupações com o clima mais frio e úmido e com a consequente qualidade dos novos cafés no Brasil”, explicou o Cepea em nota.
Com a valorização do café, os pesquisadores do Cepea notaram aumento da liquidez no mercado interno após aumento das negociações do grão arábica. No caso do café robusta, o indicador Cepea/Esalq do grão tipo 6 peneira 13 ficou próximo dos R$ 300 a saca de 60 quilos, maior patamar desde março deste ano. A liquidez, contudo, segue menor que a do mercado de café arábica. Segundo o Cepea, parte dos produtores aguarda novas valorizações para negociar maiores volumes.