Campanha que apoia o pecuarista brasileiro viraliza na internet

Vídeo viralizou por fazer contraponto sobre as críticas da preservação do meio ambiente na pecuária

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Não é de hoje que a questão ambiental tem travado debates acalorados entre alguns segmentos da sociedade. Nos últimos meses, um setor que tem sido alvo de críticas é o agronegócio. Discursos, muitas vezes alarmistas, vêm sendo propagados por personalidades, entidades e órgãos que se propõem a defender a natureza, utilizando, para isso, argumentos por vezes equivocados e que contribuem para gerar desconfiança sobre este segmento, que é responsável por 21% do PIB brasileiro.


Segundo maior produtor mundial de carne bovina, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil possui em rebanho de 214,6 milhões de cabeças. De acordo com o último sumário da ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), o Brasil encerrou o ano de 2018 registrando crescimento no PIB, que atingiu R$ 6,83 trilhões. No mesmo período, o PIB da pecuária somou R$ 597,22 bilhões, 8,3% acima dos R$ 551,41 bilhões apurados em 2017. Com isso, o PIB da pecuária elevou para 8,7% sua participação no PIB total brasileiro.

Recentemente, um vídeo produzido pela Premix, empresa de nutrição animal, viralizou na internet por fazer o contraponto com parte da opinião pública, que tem depositado total confiança em alguns “especialistas”, que insistem em difamar a imagem dos pecuaristas, acusando-os de não preservarem o meio ambiente. Reconhecendo a importância de um assunto tão importante, que infelizmente vem sendo tratado com um viés ideológico, várias empresas e personalidades do setor se mobilizaram para destacar o vídeo nas redes sociais.

Com milhares de visualizações, a produção de 90 segundos traz uma mensagem aos produtores, reconhecendo todo o esforço empreendido pelo setor para minimizar os impactos de suas atividades. Destaca também que, ao contrário do que vem sendo divulgado, o produtor nacional, além de gerar recursos para o País, realiza seu trabalho de maneira ambientalmente responsável, protegendo as florestas, reaproveitando a água e garantindo a integridade do solo em sua propriedade.

Para o engenheiro agrônomo Abmael da Silva Cardoso, doutor em Zootecnia, especialista em emissões de gases pela pecuária e pesquisador do departamento de Zootecnia da Unesp de Jaboticabal (SP), notícias fantasiosas e maldosas em relação à pecuária afetam o orgulho que o produtor tem de colocar alimento na mesa do brasileiro e também de outros países. “Muitas pessoas que são pecuaristas hoje em dia começaram na atividade muito cedo, seguindo os passos de seus pais e avós. Comentários maldosos e mentirosos podem fazer com elas percam a alegria e o entusiasmo de serem produtores e de fazerem esse trabalho que é um dos mais nobres, a produção de alimento”, destaca.

Abmael faz parte de um grupo de pesquisa de impacto ambiental desenvolvido pela Embrapa e pela Unesp de Jaboticabal. Os estudos foram motivados por uma publicação de uma equipe de pesquisadores suecos que informava que a pecuária brasileira era uma das responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, desmatamento e impacto ambiental. “Provavelmente, utilizaram valores medidos na Europa ou Estados Unidos e fizeram uma extrapolação para as nossas condições e nossos rebanhos”, ressalta o pesquisador.

Naquela época, não se tinha informações sobre quantidade e como ocorria a produção de gases. Após as avaliações, foi constatado que na pecuária é emitido três gases de efeito estufa: dióxido de carbono, óxido nitroso e o metano.

A partir desses dados, foram realizadas cerca de 15 pesquisas de quantificação das emissões e estratégias de mitigação de gases de efeito estufa na pecuária de corte e impactos produtivos e ambientais na produção de bovinos de corte, nas fases de recria, a pasto, a pasto recebendo suplementações mineral, energética e proteicas, pastos adubados, animais recebendo aditivos, sendo constatado que os valores para produção de metano era realmente aquilo que se acreditava ser, mas a quantidade de óxido nitroso que se produzia devido às excreções dos animais (fezes e urina), que causariam impacto, foi de quatro a cinco vezes menor do que se acreditava.

De acordo com Abmael, um dos motivos que às vezes deixa o Brasil numa situação competitiva inferior aos Estados Unidos e Austrália é o baixo número de bezerros que o País consegue por vaca ao ano, entre 50% e 60% (ANUALPEC, 2014). Já nos Estados Unidos, 90% das vacas produzem bezerro todo ano. Por isso, o pecuarista que está comprometido com a parte ambiental deve trabalhar na fase de cria, cuidando desse rebanho.

Outro aspecto identificado que compromete a sustentabilidade da pecuária brasileira é o ganho de peso baixo, que faz com que os animais sejam abatidos com mais de três anos. Por isso, o produtor deve focar nas fases de cria e terminação para aumentar esse ganho de peso, usando suplementação, manejo de pastagens e genética superior. Na conta feita pelos pesquisadores, foi possível reduzir o impacto ambiental de 36 kg de CO2 por kg de carne produzida para aproximadamente 22 kg, dependendo da estratégia de suplementação e alimentação.

Outra grande contribuição da pecuária para a preservação do meio ambiente é a parte dos estoques de carbono nos solos com pastagem. “É possivel retirar muito carbono da atmosfera para solos com pastagens manejando bem o pasto”, destaca Abmael. As Brachiarias possuem raízes muito profundas que contribuem para melhorar a estrutura do solo e os estoques de carbono do solo.

O pesquisador ainda lembra que a pecuária utiliza insumos que ficam no sistema. A produção de metano pelo animal além de ter uma duração menor na atmosfera, faz parte de um ciclo de produção que não demorou milhares de anos para serem formados, como foi no caso do petróleo e do carvão mineral. Quando comparado com o que é emitido por carros ou pelo carvão, como na Europa, o impacto que a produção de alimentos no Brasil causa é ínfimo.

Segundo Abmael, um dos mitos que existem em relação à produção pecuária, taxada como impactante, é o desmatamento. “É preciso esclarecer que as pessoas não desmatam para colocar boi, e sim para ocupar território, demarcam áreas que querem ocupar. É equivocado dizer que a produção de carne seja responsável por desmatamento, até porque ela não se concentra nas regiões próximas à Amazônia”, explica.

“Aos pecuaristas, em especial aos bovinos de corte, a minha mensagem é que eles podem ser grandes produtores de carbono, ajudando muito a preservar a natureza, principalmente através do manejo adequado das pastagens. Não desistam da atividade pecuária e nem do Brasil. Continuem se orgulhando do que sempre fizeram e fazem muito bem e que não se hesitem em procurar informações e adotar tecnologia. O Brasil já é líder e vai continuar liderando o setor, com muito orgulho”, finaliza.

 

Conteúdo patrocinado de responsabilidade da Premix
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