Poucos pecuaristas frequentaram tanto as páginas de DBO como Wilson Brochmann, sócio-diretor da Agropecuária Maragogipe, com sede em Itaquiraí, MS. A revista acompanha a evolução do setor há quase 37 anos e, por diversas vezes, entrevistou Brochmann, devido a seu pioneirismo no uso de tecnologias. Ele foi o primeiro a fazer inseminação artificial no Mato Grosso do Sul para cruzamento industrial; um dos primeiros a apostar no desmame precoce para melhorar o índice de prenhez das fêmeas, como mostrou DBO em reportagem de 1993; adotou a ultrassonografia de carcaça, quando essa tecnologia ainda estava engatinhando; foi um dos primeiros criadores de Limousin do Brasil, que depois trocou pelo Angus; integrou o time inicial da Conexão Delta Gen; e, neste ano, sagrou-se hexacampeão no concurso de carcaças Angus de Bataguassu, MS.
A lista de inovações tecnologicas da Maragogipe é grande, mas não abrangia ainda a área de gestão, gargalo atual da pecuária de corte, que trabalha com margens cada vez mais estreitas. Brochmann vinha sentindo isso no bolso nos últimos cinco anos. “Minha formação sempre foi mais voltada à parte técnica [ele é agrônomo]. Eu não tinha domínio de ferramentas de gestão modernas, que me permitissem amarrar custos com desempenho zootécnico e monitorar, em tempo real, a lucratividade do negócio”, explica. Essa realidade começou a mudar somente em 2016, quando ele decidiu contratar a Prodap, empresa mineira, com sede em Belo Horizonte, MG, e atuação nas áreas de nutrição, informática e consultoria. Em apenas dois anos, o resultado operacional da empresa (lucro sem descontar impostos e despesas financeiras) aumentou em 15,9%, passando de R$ 540 para R$ 626/ha. Veja mais informações sobre o projeto na reportagem de capa da edição de dezembro.
Veja fotos do dia de campo realizado na Fazenda Maragogipe em outubro de 2018:
(Fotos Nicma Produtora)
