Cultivar produz 250 t/ha, agradando tanto produtores de leite quanto de carne
Por Ariosto Mesquita
Na busca por alternativas de volumoso para alimentação do rebanho na seca, produtores de carne do Brasil Central estão apostando em uma variedade de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum) lançada pela Embrapa, em 2016: a BRS Capiaçu. Validada inicialmente para pecuária leiteira, ela começou a se difundir nas fazendas de gado de corte a partir de 2019/2020. A demanda pela cultivar praticamente triplicou, segundo estimativas da Embrapa Gado de Corte, porque os produtores estão vendo nela uma alternativa à silagem de milho, cujos custos de produção subiram muito.
Em Chapadão do Sul (MS), o consultor Cláudio Pedro Nichele vem recomendando o plantio experimental da cultivar em várias fazendas de cria/recria da região. Algumas, como a Talismã, em Cassilândia, MS, está em fase de multiplicação de mudas. Outras, como a Imbaúba, em Paraíso das Águas, MS, conta com 14 ha formados e quer chegar a 50 ha. Por enquanto, Michele está fazendo contas, mas espera que o capim ofereça bons resultados e reduza os gastos com volumoso de sua clientela.
“A silagem de Capiaçu oferece 14% de proteína bruta, ante 9% do milho, e custa R$ 25/t, ante R$ 100/t da de milho”, revela.