A carne bovina norte-americana respondeu por mais da metade das importações totais da proteína realizadas pela Coreia do Sul no período de janeiro a outubro deste ano, informou o site sul-coreano Pulse.
Segundo dados da Associação Internacional de Comércio da Coreia (KITA), as compras totais de carne bovina da Coreia do Sul totalizaram 415.112 toneladas no acumulado de janeiro a outubro. Desse montante, os exportadores dos EUA enviaram 209.034 toneladas, o que correspondeu a uma participação de 50,4% no período.
A participação norte-americana ultrapassou o limite de 50% pela primeira vez desde 2003, quando as importações de carne bovina dos EUA foram proibidas pelo governo sul-coreano após um surto de doença da vaca louca no país da América do Norte. Em 2003, a participação da carne bovina dos EUA no mercado da Coreia do Sul chegou a 68,3%.
O valor das importações de carne bovina dos EUA atingiu US$ 1,54 bilhão no acumulado de janeiro a outubro deste ano, um aumento de 10,4% sobre igual intervalo do ano anterior. Em volume, cresceu 7,9% na mesma base de comparação.
Concorrência – A Austrália reduziu o seu volume de embarques para o país asiático em 1,1% no acumulado dos dez meses deste ano, para 175.082 toneladas. Na ausência dos norte-americanos, os exportadores australianos dominaram o mercado sul-coreano de importação de carne bovina entre 2004 e 2016.
Acordo – Após uma longa negociação, o governo da Coreia do Sul decidiu abrir parcialmente o seu mercado para os EUA em 2008, permitindo a compra de carne de bovinos com menos de 30 meses de idade. A partir daí, no período de dez anos, as vendas norte-americanas saltaram de 32.446 toneladas, em 2008, para 224.186 toneladas, em 2018.