Carne brazuca pra hambúrguer americano

Os Estados Unidos estão de olho no produto in natura para abastecer uma de suas principais demandas

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Com a reabertura americana à carne bovina in natura brasileira, está dado um mercado para a indústria frigorífica local que até agora, nas poucas ocasiões em que esse nicho esteve aberto, não foi possível de verificação: qual o destino do boi brasileiro no prato americano? O mais provável é que se torne hambúrguer, mercado com um movimento estimado em cerca de US$ 122 bilhões anuais. O hambúrguer está na dieta americana, como o arroz com feijão está para um brasileiro ou a pasta para um italiano.

A hipótese de que a indústria frigorífica americana possa se abastecer de carne brasileira para esse fim tem a China no caminho. Os americanos estão de olho em um mercado que abarca cerca de 300 milhões de pessoas entre sua população de 1,4 bilhão de habitantes, grupo formado pela classe média do país asiático com poder de compra de produtos de alto valor. Como é o caso da carne bovina. Até agora, esse nicho do mercado Chinês foi abastecido pela Austrália, que também vende carne commodity ao país, e pela Nova Zelândia.


No início desta semana de carnaval, o  Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e a Representação de Comércio (USTR) do país informaram quais as medidas que considera relevantes para o avanço da Fase 1 do acordo comercial com a China, assinado no mês passado. Não por acaso, uma das demandas dos americanos é a atualização da lista de frigoríficos aptos a exportar proteína animal à China.

Comércio truncado

A China voltou a abrir o seu mercado à carne bovina americana em 2017, depois de 14 anos de suspensão. À época, o motivo foi a encefalopatia espongiforme bovina (EEB) detectada no rebanho americano, a doença da vaca louca. Mesmo assim, o comércio não deslanchou. Agora, com o acordo comercial costurado e com a criação dominada por raças britânicas, os americanos devem apostar nas exportações.

Para participar do mercado de elite chinês, e dar folga à sua indústria, os americanos miram se abastecer no Brasil de carne commodity magra. É esse tipo de produto que entra no processamento de hambúrguer. Dominado pelas raças de origem zebuína, sendo o nelore a principal, o Brasil é hoje o maior fornecedor global de carne bovina magra.

Em 2017, o total global importado pela China foi de cerca de 950 mil toneladas de carne bovina, entre processada e in natura, ante 26 mil toneladas em 2003, ano em que o país havia proibido a carne americana em seu território. Depois dessa proibição, Austrália e Brasil passaram a ocupar o espaço almejado pelos americanos. No ano passado, a estimativa é de que a China tenha importado 1,6 milhão de toneladas de carne bovina, por cerca de US$ 8 bilhões. 

 

 

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