A Argentina enviou sua primeira remessa de carne suína refrigerada para a China, de acordo com comunicado do Ministério da Agricultura, em Buenos Aires.
O embarque incluiu 26 toneladas de cortes. “Este passo consolida ainda mais nosso setor pecuário no mercado mundial”, informa o governo.
A Argentina anunciou que havia fechado um acordo em abril passado para acessar o mercado da China. O país asiático é o maior consumidor mundial de suíno. No ano passado, produziu 54 milhões de toneladas de carne e consumiu 55,4 milhões. Só para comparação, o segundo maior consumidor global é a União Europeia com 24,3 milhões de toneladas produzidas e 21,4 milhões consumidas.
Hoje, na China, a luta é para recuperar parte do rebanho que foi dizimado pela peste suína africana. Daí a oportunidade de mercado para os argentinos. Segundo o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país, desde agosto de 2018, já foram eliminados cerca de 1,2 milhão de suínos.
De acordo com o Rabobank, empresa holandesa de serviços financeiros, neste ano o rebanho chinês deve cair 50%, com uma previsão de redução no processamento de carne da ordem de 25%. Em 2020, essa redução deve oscilar entre 10% e 15%. Para o rebanho, a expectativa é que se estabilize. Mas as importações continuam. Em 2020, as compras chinesas podem atingir níveis recordes de 4,6 milhões de toneladas. Com informações da agência Reuters.