Chineses pressionam para pagar menos pela carne, e não é de hoje

Confira a pressão por preços que o país asiático já vinha promovendo em outros mercados pecuários

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Nesta quarta-feira, 22 de janeiro, o Valor Econômico publicou matéria sobre a pressão que a China está fazendo sobre os exportadores brasileiros. Intitulada “China derruba rentabilidade dos frigoríficos”, o texto relata que os importadores asiáticos impuseram “descontos de 30%” na carne bovina importada da América do Sul, incluindo o Brasil.

O Valor apurou que, desde dezembro, os importadores chineses vêm impondo descontos de pelo menos US$ 1 mil por tonelada sobre cargas que já estavam no mar e até mesmo nos portos do país. Há relatos de pedidos de US$ 2,5 mil, deságio significativo.


A DBO, em 17 de dezembro, já havia levantado o tema, mas de uma ação dos chineses na Austrália.

Reveja a reportagem publicada pelo Portal DBO:

China faz pressão para reduzir preços das carnes em contratos de importação, diz portal australiano

“Quanto maior a festa, maior a ressaca”, afirma um trader ao site Beef Central.

Denis Cardoso

O Beef Central, um importante canal australiano online de informações sobre a pecuária, alerta para um forte movimento de importadores da China de renegociação de preços – para baixo – envolvendo contratos de exportação de carne bovina e de outras proteínas, com carne suína e a de cordeiro. Tal iniciativa dos compradores chineses pegou exportadores australianos de surpresa – o portal Beef Central compara a situação ao sério problema vivenciado em 2018 entre os vendedores de carne da Austrália e compradores da Rússia. Na ocasião, diz a reportagem, dezenas de clientes russos abandonaram os contratos de envio de carne bovina australiana, depois que o preço da proteína caiu da noite para o dia no mercado russo. Contêineres de bandeira australiana carregados de carne ficaram paralisados nos cais da Rússia, gerando enormes prejuízos aos exportadores do país da Oceania.

“Esse episódio (de renegociação de preços da carne por parte de importadores) serve de grande alerta para todos os envolvidos no comércio de exportação para a China; quanto maior a festa, maior a ressaca”, disse um trader ouvido pela reportagem do Beef Central.

Depois de subir drasticamente ao longo de um período de quatro semanas a partir do final de outubro (alimentado pelo surto da peste suína africana no rebanho de porcos da China e o subsequente déficit maciço de proteínas no mercado doméstico), os preços da carne bovina importada pela China caíram de forma igualmente alarmante nas últimas semanas, de acordo com informações apuradas pelo Beef Central.

Fontes do comércio de exportação disseram que, nos últimos dias, foram observadas quedas de 20% a 25% nos preços de alguns cortes australianos de carne bovina enviadas ao mercado chinês. “Outros países exportadores que atendem à China estão enfrentando a mesma pressão, se não pior”, destaca o portal, citando negociações envolvendo a carne bovina brasileira.

A forte disparada nos preços das carnes no varejo chinês, há cerca de um mês, fez com o governo de Pequim, disposto a controlar o efeito inflacionário, liberasse os seus estoques estratégicos ao mercado, o que explica, em parte, o atual movimento de baixa nos preços das proteínas na China.

Ainda de acordo com o texto publicado pelo Beef Central, uma fonte ligada ao comércio disse que houve “um grande número de empresas exportadoras da América do Sul que, recentemente, foram forçadas a renegociar preços em remessas de carne bovina para a China”. No caso de uma empresa brasileira, “algumas centenas de contêineres estavam envolvidos”, afirmou o texto.

Ainda de acordo com a matéria, exportadores sul-americanos inundaram o mercado da China recentemente, “com o Brasil exportando mais de 80.000 toneladas/mês para o país asiático nos meses de outubro e novembro”. “Certamente, o mercado chinês está sofrendo grandes oscilações de preços atualmente, talvez pelo forte e rápido movimento de alta observado no mês passado, mas isso não é divertido para ninguém que esteja envolvido neste momento com esse tipo de comércio”, disse uma fonte do setor comercial.

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