Ciclo de alta nos preços do bezerro pode estar perto do fim, sugerem analistas

A trajetória do ágio do bezerro sobre a cotação do boi gordo aponta para baixo, relata a equipe de consultores da Agrifatto (São Paulo, SP)

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Após flertar com as máximas históricas durante o primeiro semestre de 2021, o mercado de reposição vai demonstrando que está “fadigado”, relata a equipe de analistas da consultoria Agrifatto.

“Isso porque o preço do bezerro em São Paulo fechou o mês de setembro/21 no menor valor dos últimos oito meses e em uma trajetória contínua de desvalorização”, justifica o economista Yago Travagini, consultor de mercado da Agrifatto.


Segundo ele, o registro de dois casos atípicos de vaca louca no Brasil, confirmados no início de setembro e que resultou na suspensão temporária dos embarques à China, não é a única justificativa para essa queda nas cotações.

“Ao que parece a oferta de bezerros no mercado já começa a crescer (ainda de maneira tímida), já que a cotação do animal se desvalorizou mesmo em um período em que a sazonalidade anual aponta para alta”, relatam os consultores, em boletim divulgado na terça-feira (5/10).

Em São Paulo, o bezerro fechou o mês de setembro/21 cotado a R$ 2.700/cabeça, recuando 5,91% no comparativo mensal.

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Como o boi gordo recuou 4,15% no mesmo comparativo, o ágio do bezerro sobre o boi gordo bateu a casa dos 42%, o menor patamar desde janeiro/21, informa a Agrifatto.

Foto: Divulgação

“Ainda que esteja acima da média histórica (32%), nota-se que a trajetória do ágio do bezerro aponta para baixo, o que pode ser um dos indicativos iniciais de saída de um processo de retenção para descarte de fêmeas”, observa Travagini.

Ainda de acordo com o analista, apesar da sazonalidade anual dos preços da reposição indicar uma melhora no último trimestre do ano (devido à chegada das chuvas e à maior capacidade de “segurar” as negociações), ainda assim, a trajetória atual não favorece muito essa movimentação de alta.

“Com os bezerros que nasceram no início da temporada 20/21, período de maior retenção de fêmeas dos últimos anos, chegando ao mercado neste início de 2022, a tendência é que visualizemos um mercado de reposição cada vez mais pressionado”, ressaltam os analistas.

Diante disso, a tendência natural é que o ágio volte para os padrões de 30% a 32% nos próximos meses, influenciado inicialmente por uma desvalorização do bezerro, acrescentam os consultores da Agrifatto.

“Para aqueles que necessitam recompor estoques nos próximos meses, um bom cenário de compra está surgindo no mercado”, sugere Travagini.

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